TIM planeja estender rede 4G para 20 milhões de hectares em 2024

Rede móvel da operadora no campo deve crescer 20,5% em extensão neste ano; sinal de NB-IoT deve ultrapassar território equivalente a 40 milhões de hectares
TIM quer estender rede 4G para 20 milhões de hectares em 2024
TIM trabalha com meta para ampliar a cobertura 4G no campo (crédito: Freepik)

A TIM quer aumentar em 20,5% a sua área de cobertura 4G na zona rural do País neste ano. A meta foi compartilhada por Alexandre Dal Forno, diretor de Desenvolvimento de Mercado IoT & 5G da operadora, nesta quinta-feira, 21, durante o evento AGROtic 2024, promovido pelo Tele.Síntese em parceria com a ESALQtec.

Atualmente, a rede 4G da TIM alcança uma área de 16,6 milhões de hectares no campo. Até o fim do ano, é intenção é levar o sinal de quarta geração móvel para um território que equivale a 20 milhões de hectares.

“É uma meta ambiciosa que vamos procurar atingir”, assegurou Dal Forno. A extensão da rede deve beneficiar a TIM IoT Solutions, novo nome da unidade de Internet das Coisas (IoT) da operadora, anunciado nesta semana.

Alexandre Dal Forno, diretor de Desenvolvimento de Mercado IoT & 5G da TIM
Alexandre Dal Forno, diretor de Desenvolvimento de Mercado IoT & 5G da TIM

A ampliação da rede 4G também será sentida nos serviços desempenhados em cima da tecnologia NB-IoT, usada, por exemplo, em dispositivos de sensoriamento. Acontece que toda rede 4G construída no campo pelo TIM acompanha NB-IoT, cujo alcance chega a 35,3 milhões de hectares.

Dessa forma, com a extensão planejada do 4G, a tecnologia de banda estreita para IoT deve ultrapassar 40 milhões de hectares até o fim do ano.

Modelo de negócios

Dal Forno salientou que, diferentemente das zonas urbanas, onde a densidade populacional é maior, o que gera rentabilidade sobre os investimentos feitos em redes de telecomunicações, o processo de instalação de antenas e estações rádio base no campo segue um modelo sob demanda.

“Construímos um modelo em que o produtor rural nos ajuda a instalar a torre e os equipamentos na área produtiva. Depois, ele tem a necessidade de contratar um volume de serviços para manter a infraestrutura em operação, mas o custo é de um quarto de soja por hectare”, explicou. “No campo, não se tem a mesma densidade. Se seguíssemos o mesmo modelo de negócios [das cidades], não teria payback [retorno]”, acrescentou.

Renato Coutinho, gerente sênior de Soluções Corporativas de Iot & 5G da TIM
Renato Coutinho, gerente sênior de Soluções Corporativas de Iot & 5G da TIM

5G no campo

Em outro painel no mesmo evento, Renato Coutinho, gerente sênior de Soluções Corporativas de Iot & 5G da TIM Brasil, disse que a operadora também está trabalhando em casos de uso de quinta geração na zona rural.

No entanto, por funcionar em uma frequência mais alta do que o 4G, o que faz o sinal do 5G ter um alcance menor, a tecnologia móvel mais moderna tem sido destinada mais às atividades de transformação e processamento.

“São tarefas que exigem maior demanda de dispositivos e potencial reforçado de transmissão de dados”, pontuou Coutinho.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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