TIM mais do que dobra lucro no 2º trimestre com receitas móvel e fixa em alta

Apesar de base móvel ter diminuído, faturamento do setor avançou 9,7%, com receita média por cliente crescendo 13%; serviço de banda larga fixa teve alta de 10,1%
Lucro da TIM mais do que dobra no 2º trimestre de 2023
Com avanço nas receitas, lucro da TIM cresce 104% no 2º trimestre (crédito: Divulgação)

A TIM divulgou, nesta segunda-feira, 31, os resultados financeiros do segundo trimestre deste ano. No período, a operadora mais do que dobrou (104%) o lucro líquido normalizado, chegando R$ 638 milhões, ante R$ 313 milhões auferidos no mesmo período do ano passado. “O resultado expressivo é reflexo de uma performance destacada em todas as linhas do resultado do segundo trimestre”, frisou a empresa.

A receita líquida avançou 9,2%, totalizando R$ 5,86 bilhões – no mesmo intervalo de 2022, tinha sido de R$ 5,36 bilhões. O faturamento foi impulsionado pelos resultados positivos dos principais serviços da operadora.

O serviço móvel, por exemplo, teve alta de 9,7%, com a receita alcançando R$ 5,37 bilhões. O ARPU (receita média por cliente) cresceu 13% (R$ 29,2, no trimestre).

Segundo a TIM, a cifra contou com o apoio dos planos pré-pago (alta de 11,8%) e pós-pago (10,5%). No caso do segundo, a alta ocorreu com base no reajuste dos preços e na obtenção de uma das menores taxas de desconexão de clientes da história (1,1% ao mês). Além disso, a receita do serviço móvel foi parcialmente impactada pela aquisição da base de clientes da Oi (a integração teve início em maio de 2022).

O serviço fixo, por sua vez, teve alta de 6,5%, alcançando R$ 323 milhões. O produto TIM UltraFibra, principal linha de receita do segmento, avançou 10,1% na comparação anual. O desempenho, de acordo com a operadora, se deve à oferta de planos com maiores velocidades (82% dos clientes possuem pacotes com velocidades a partir de 150 Mbps) e a pacotes agregados com outros produtos.

Além disso, a TIM informou que a receita de produtos ficou praticamente estável (0,9%) no período, totalizando R$ 168 milhões.

EBITDA e capex

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) normalizado somou R$ 2,91 bilhões, resultado que aponta alta de 17,2% no comparativo com o segundo trimestre do ano passado. A margem, por sua vez, atingiu o patamar histórico de 49,7%, com evolução de 3,4 pontos percentuais (p.p.) ante o mesmo período de 2022 (46,3%).

No intervalo de abril a junho, o capex totalizou R$ 926 milhões. Em termos anuais, o montante representa redução de 11,8%. A TIM diz que diminuiu os desembolsos para redes, tendo em vista que a companhia aumentou os investimentos nessa área no ano passado para preparar a infraestrutura para migração de novos clientes vindos da Oi e para o tráfego de dados em 5G.

Operacional

A TIM encerrou o segundo trimestre deste ano com 61,2 milhões de clientes de serviços móveis. Na prática, a base teve queda de 10,9% ante o mesmo período do ano passado. “Essa queda reflete, em grande medida, o processo de limpeza de base feito pela TIM em ambos os segmentos Pós-pago e Pré-pago em 2022, após incorporação da base de clientes adquiridas da Oi Móvel”, explica a operadora, em trecho do balanço financeiro.

O número de assinantes de planos pós-pagos ficou em 26,6 milhões (-10,8%). No caso do pré-pago, o total de clientes foi de 34,6 milhões, quantidade 11% menor do que a observada há um ano.

A base de clientes do produto TIM UltraFibra registrou 761 mil conexões no segundo trimestre, crescendo 8,8% na comparação anual. As assinaturas com fibra óptica (FTTH) tiveram alta de 34,1%.

Segundo o balanço, o serviço 5G da TIM, ao fim do segundo trimestre, chegou a 68 cidades. O 4G, por sua vez, está disponível em 5.468 municípios.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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