TIM conclama poder público a fazer um pacto com setores de infraestrutura pela 5G

A 5G demandará cinco vezes mais antenas e uma robusta rede de fibra óptica que precisarão da articulação dos poderes Executivo e Legislativo para que os investimentos possam ser realizados, alertou o VP da operadora, Mario Girasole.

A implantação da 5G no Brasil irá demandar volumosos investimentos na infraestrutura da rede móvel e também na rede fixa de fibra óptica. E, como não existirá 5G sem fibra óptica, o vice-presidente de assuntos regulatórios e institucionais da TIM, Mário Girasole, defendeu hoje, 28, que o Poder Público coordene um pacto entre os diversos setores de infraestrutura para que essa tecnologia avance.

O executivo assinalou que, em 2030, a 5G irá exigir a multiplicação por cinco vezes a necessidade de instalação de antenas de celular, que já tem um grande déficit no país, e, para que essa meta seja atingida, é necessário coordenar as ações para que a Lei das  Antenas seja efetivamente adotada nas cidades brasileiras. Girasole também assinalou que, para que a fibra óptica avance, é preciso que seja assegurado o direito de passagem nas diferentes redes – sejam rodoviária, saneamento ou energia. “Infraestrutura é a palavra chave”, afirmou.

Na avaliação de Girasole, essa demanda extrapola o papel da agência reguladora, pois depende de medidas legislativas e do Poder  Executivo, que devem capitanear essa articulação. ” A inovação depende de tecnologia, que existe, e de política pública, que não pode se restringir a uma perspectiva setorial”, afirmou ele em live realizada hoje.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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