TIM Brasil terá papel central nos lucros de 2021 da Telecom Italia

Telecom Italia avisa que números do ano virão abaixo das estimativas em razão do baixo desempenho em vendas de telefonia e banda larga fixa, além de problemas em acordo para transmissão do Campeonato Italiano
TIM Brasil terá papel central nos lucros de 2021 da Telecom Italia
Crédito: Divulgação

A Telecom Italia, dona da TIM Brasil, avisou que a operadora brasileira terá papel central para os resultados do grupo neste ano. A empresa emitiu comunicado atualizando suas estimativas para 2021, nas quais diz que terá lucro antes de impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) de € 5,4 bilhões.

Quanto disso virá do negócio brasileiro, no entanto, não foi revelado. A holding reduziu ainda a previsão de EBTDA doméstico (na Itália), e de receitas com serviços no mundo. Houve uma piora das previsões, diz, em razão de vendas mais baixas em telefonia fixa e banda larga fixa. Também a parceria com o streaming esportivo DAZN para transmissão da Série A do Campeonato Italiano não rendeu o quanto era esperado.

No momento, a Telecom Italia negocia revisão do acordo com a DAZN, o que poderá impactar ainda os números até 31 de dezembro.  Por enquanto, a previsão é de EBTDA de € 5,4 bilhões, e aumento do endividamento líquido para € 17,6 bilhões em razão do pagamento das licenças de espectro recentes obtidas na Itália e no Brasil.

O grupo avisa que o plano estratégico de 2022 a 2024 já está sob análise do conselho de administração, assim como o guidance para o período. As estimativas vão contabilizar, avisa, a consolidação da Oi Móvel e a reorganização de ativos “exigida para enfrentar um contexto competitivo desafiador”.

Uma reorganização já era prevista. A empresa já havia reduzido suas metas em outubro, quando antecipou piora do mercado italiano e avisou que pretende vender ativos. No Brasil, o CEO Pietro Labriola disse também em outubro que a operadora estava preparando diferentes unidades de negócios para separação estrutural e possível venda parcial – em que se manteria como acionista. Tais unidades seriam de publicidade móvel e internet das coisas para o agronegócio.

“Uma unidade com receita de R$ 30, R$ 40 milhões dentro da TIM pode não ser significativa em termos de faturamento. Mas e se for para o mercado, pode gerar valor para nosso acionista e se tornar um unicórnio? Nisso que estamos trabalhando”, afirmou em outubro.

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Rafael Bucco

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