TIM amplia políticas internas de diversidade em novo acordo coletivo
A TIM fechou um novo acordo coletivo de trabalho após negociação com as federações sindicais. A repactuação amplia os benefícios para os colaboradores negros, pessoas LGBQTI+ e com deficiência, auxilia na proteção às funcionárias vítimas de violência doméstica e familiar, e promove em seu programa de estágio a inclusão de grupos sociais minorizados.
“As medidas são uma expressão concreta do nosso comprometimento em evoluir para um ambiente com ainda mais diversidade e inclusão, dando espaço a todos os colaboradores”, afirma Maria Antonietta Russo, vice-presidente de Recursos Humanos da TIM Brasil.
Pelo acordo, as pessoas LGBQTI+ terão o direito à identidade, à proteção contra a discriminação e ao convívio com os filhos. A empresa — que já dava a opção de usar o nome social em credenciais e documentos da empresa, tais como crachás, e-mails e cartões de visita — agora oferece a possibilidade de licença de até cinco dias em situações de LGBTfobia e a garantia de assistência jurídica gratuita em casos de discriminação durante o trabalho, seja por clientes ou fornecedores.
A previsão de apoio em causas judiciais também foi assegurada aos funcionários vítimas de racismo praticado por clientes ou fornecedores durante o trabalho e a ausência justificada em qualquer situação de discriminação por raça, credo ou etnia. Colaboradoras que tenham sofrido violência doméstica e familiar também poderão se afastar em razão do ocorrido, sem prejuízo das atividades, inclusive quando a vítima for seu filho ou sua filha.
O novo acordo avança ainda no reconhecimento da importância da presença ativa no ambiente familiar ao nascimento dos filhos, com a previsão de licença de 15 dias às funcionárias em união estável cujas companheiras, mães biológicas, tiverem dado à luz. Permite ainda a flexibilização da jornada de trabalho quando a cônjuge estiver em comprovado quadro de depressão pós-parto e estende aos filhos oriundos de relações homoafetivas os benefícios garantidos aos dependentes legais dos funcionários da empresa.
Pelo acordo, colaboradores em processo de transição de gênero também poderão se afastar por até três dias sem prejuízo das atividades.
Aos funcionários com deficiência que exercem atividades compatíveis com o home office, o novo acordo permite que possam optar por esta modalidade de trabalho de forma prioritária. O objetivo é minimizar os impactos do deslocamento até a empresa. Para aqueles em atividades presenciais, o texto prevê o abono das ausências ou atrasos em razão da manutenção de equipamentos ortopédicos e outras situações.
Home Office
A implementação de um modelo mais digital e flexível de trabalho, iniciado pela TIM antes da pandemia e reforçado com as transformações observadas atualmente no mundo do trabalho e em pesquisas realizadas com os funcionários, foi também tratada no novo acordo. Foi estabelecido um regulamento que prevê a criação de regras que respeitem, por exemplo, o direito de desconexão e intervalos de descanso e refeição do colaborador, e o compromisso do incentivo de eventos periódicos que mantenham uma dinâmica de convívio social.
A operadora, por meio da negociação com as federações sindicais, definiu que as áreas das centrais de relacionamento com o cliente (call center) atuarão em regime de teletrabalho, praticado com sucesso desde 20 de março, em consequência das restrições impostas pela pandemia, com aumento da produtividade e da qualidade de vida dos profissionais.
Para eles, foi garantida a entrega de mobiliário e equipamentos necessários para o trabalho, conexão à internet via linha Wttx oferecida pela empresa e também uma ajuda de custo mensal de R$ 80 que será implementada ainda em 2020.
A TIM instituiu ainda o acréscimo de 100% sobre o valor da hora regular trabalhada nos dias 4 de julho de 2021 e 2022 em homenagem ao operador do call center e garantiu folgas remuneradas em 24 e 31 de dezembro para a maioria dos colaboradores.
“A flexibilização implica um novo conceito de gestão do tempo, responsabilidade e comunicação num ambiente de trabalho mais fluido, onde há mais espaço para valores como autonomia e proatividade, numa ressignificação das relações de trabalho, totalmente baseada na relação de confiança entre organização e pessoas”, comentou Maria Antonietta. (Com assessoria de imprensa)