Teles: quem usa pouca internet não pode subsidiar os ricos

Pesquisa realizada pela entidade aponta que 77% das residências brasileiras consome menos do que 50 Gb por mês de dados na internet.

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O diretor do SindiTelebrasil, Carlos Duprat, voltou afirmou hoje, 08, que se houver um único modelo de negócios de banda larga fixa no país, no qual as empresas ficarão proibidas de colocar franquias em seus pacotes de consumo de dados, estará se perpetuando o “subsídio invertido”, quando o pobre paga pelo rico.

Segundo ele, um vídeo de um minuto consome o equivalente a 320 chamadas telefônicas. Pesquisa realizada pela entidade apurou que 90% das residências com banda larga fixa consomem até 100 GB  por mês e 77% tinham um consumo menor do que 50 GB mensais.

Para o executivo, se houver maior racionalidade nas redes de telecom, poderá haver diferenciados planos de serviços para distintos perfis de consumo.

Duprat assinalou que o mundo está formando sua opinião neste assunto e a mais recente decisão veio da Europa, que nesta semana seus reguladores decidiram expressamente liberar a franquia de dados para qualquer rede de telecomunicações.

Ele admite que as operadoras não estão conseguindo explicar para os seus clientes como é consumido o pacote de internet e isso precisa ser resolvido. “Fazemos a mea culpa, e sabemos que não podemos adotar a franquia porque o usuário não conhece, mas precismos incluir mais brasileiros no acesso”, concluiu.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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