Telemedicina: países lusófonos vão compartilhar nossa tecnologia

Acordo de cooperação vai garantir acesso às tecnologias desenvolvidas pela rede universitária de telemedicina

Estetoscopio_Saude_Telefonia_Movel_M_Health_banda_larga_AppPor Gilson Euzébio, de Brasília

Os ministros da Saúde dos países de língua portuguesa devem assinar nesta semana, em Brasília, um protocolo de cooperação em telemedicina. Isso permitirá aos países integrantes da comunidade acesso a tecnologias desenvolvidas no Brasil, informou Luiz Ary Messina, coordenador da Rede Universitária de Telemedicina (Rute) durante Fórum RNP 2017, realizado em Brasília de 17 a 19 deste mês.

Segundo ele, a rede de telemedicina dispõe de 128 unidades em operação, inclusive em distritos indígenas, para facilitar a troca de conhecimento entre profissionais da saúde. Desde a implantação do TeleSSaúde, em 2008, já foram realizadas 4,3 milhões de teleconsultas, relatou Marília Tolentino, coordenadora da plataforma mantida pelo Ministério da Saúde. Ela lembrou que o uso da tecnologia reduz gastos com remoção de pacientes, internações e filas.

A ampliação do programa esbarra na falta de infraestrutura de rede, que, no entanto, não abala seus alicerces. “A telemedicina veio para ficar”, afirma o coordenador da Rute, utilizada como modelo para a criação da NutriSSan, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação.

Hoje, a NutriSSan opera dois sistemas de informações gerenciais, um de segurança alimentar, e outro de controle da obesidade (desenvolvido em articulação com 50 instituições de países da América Latina). Com o acordo, a NutriSSan deve ganhar um sistema de informações gerenciais especificamente para os países de língua portuguesa (Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe, e Timor Leste).

As iniciativas foram apresentadas no Fórum RNP 2017, que comemorou os 25 anos da implantação da internet no Brasil, iniciada em 1992 com a RNP.

 

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