Telefónica recebe proposta de € 10 bilhões por ativos na América Latina, menos Brasil
O grupo espanhol Telefónica, dono da concessionária de mesmo nome no Brasil e da operadora móvel Vivo, teria recebido uma oferta bilionária pelos ativos na América Latina. Conforme o jornal El Mundo, investidores da região se uniram para comprar 51% das ações da unidade HispAm da companhia por € 10 bilhões (equivalente a R$ 46 bilhões ao câmbio de hoje).
Esta unidade é responsável pelas operações de Argentina, Chile, Colômbia, Venezuela, Equador, México, Peru e Uruguai. A tele continuaria a ser acionista, mas com participação minoritária. A proposta não prevê nenhuma negociação a respeito dos ativos existentes no Brasil.
A Telefónica restaria com participação de 20% a 25% na nova companhia. O restante estaria pulverizado entre minoritários.
O jornal dá conta de que um grupo de multimilionários de cada um desses países formou um consórcio para elaborar a proposta. A ideia é criar uma holding para controlar os ativos. A holding seria representada em cada país por um ou dois dos ricaços locais por trás da oferta.
O periódico afirma que a negociação ainda está bem no começo, e sequer teria sido estudada em detalhe pela Telefónica. O banco Morgan Stanley foi contratado em 2019 pela operadora para vender os ativos da América Latina. O jornal cita um escritório de advogados da Colômbia como representante do consórcio que apresentou a proposta.
Ao longo do ano passado o grupo espanhol vendeu suas operações na América Central e realizou uma reestruturação dos ativos, reunindo as operações dos países citados em uma unidade. O Brasil é sempre mantido como universo à parte, uma vez que rentável e menos volátil que os demais mercado da área.