Telefónica anuncia plano para adquirir controle total de subsidiária na Alemanha
O Grupo Telefónica anunciou, nesta terça-feira, 7, um plano para adquirir o controle total de sua subsidiária na Alemanha. A companhia vai lançar uma oferta pública para comprar as ações que estão atualmente em posse de acionistas minoritários.
Atualmente, o Grupo Telefónica detém 71,81% das ações da Telefónica Alemanha. Com isso, a multinacional planeja adquirir os papéis que correspondem aos 28,19% restantes do capital para ter controle integral da unidade. O período de oferta está previsto para começar em dezembro e terminar em meados de janeiro do ano que vem.
Em comunicado, a companhia informou que o preço da oferta será de 2,35 euros (cerca de R$ 12,22) por ação. O valor representa um prêmio de aproximadamente 37,6% sobre o preço de fechamento dos papéis na Bolsa de Valores de Frankfurt na segunda-feira, 6. Além disso, o valor é 36,3% superior ao preço médio ponderado das ações nos últimos três meses.
A tele ainda destacou que o movimento para adquirir o controle total da Telefónica Alemanha (no país, as operações são realizadas sob a marca O2) integra a estratégia de direcionar esforços para os seus principais mercados, incluindo o Brasil, onde a Vivo vem apresentando bons resultados.
“A oferta reforça a estratégia da Telefónica de focar nos seus principais mercados geográficos (Espanha, Brasil, Alemanha e Reino Unido) e a sua firme aposta no mercado alemão, um dos mercados de telecomunicações mais atrativos e estáveis da Europa”, afirma a companhia.
A operadora ainda destacou que, com a oferta pública, planeja “simplificar a estrutura do Grupo”.
Após obter o controle integral da subsidiária, a Telefónica pretende reformular a atual política de distribuição de dividendos na Alemanha.
Segundo a holding, a metodologia revisada “responderá às necessidades derivadas da execução do seu atual plano de negócios e, consequentemente, estará sujeita, entre outros, aos futuros planos de gastos e investimentos da Telefónica Alemanha, bem como a outros riscos e contingências existentes e potenciais”.
Para a realização da oferta pública, o grupo contará com a assessoria financeira do Bank of America e do J.P. Morgan. Os escritórios Gleiss Lutz, Davis Polk & Wardwell LLP e Uría Menéndez atuarão como assessores jurídicos.