Telecom no divã para discutir a relação com a digitalização, defende diretor da TIM

O setor de telecom terá que estar preparado para a revolução 4.0, que vai mudar toda a produção fabril e a relação de trabalho, defende Mario Girasole.

conselheiro-otavio-anatel-painel-futurecom-2016A indústria de telecom precisa fazer autocrítica e reconhecer que perdeu o desafio digital para a indústria de informática, alerta o vice-presidente de relações institucionais da TIM Brasil, Mario Girasole, para poder dar o passo certo para a revolução 4.0, que já começou. “Telecom precisa discutir a relação com a digitalização”, brincou.

Isso porque, explica, se no passado a indústria de telecom demorou alguns anos para desenvolver um aplicativo de mensagem instantânea – o MMS – que não funcionou – em poucos meses o WhatsApp, criado pelo segmento de informática, dominou o mercado. Com a vinda da revolução 4.0, avalia, o setor não poderá ficar de fora mais uma vez.

Esta revolução irá provocar profundas transformações nas relações de trabalho, sociais e mesmo educacionais.  ” Quanto mais a inteligência artificial estiver sendo usada na produção, mais será preciso avançar com a inteligência natural”, vaticinou.

Como consequência, ele acredita que deverá haver  revisão institucional das agências reguladoras, que precisarão lidar com diferentes elos do que chamou de “camada cultural” da nova indústria.

Afonso Palácio, CEO da Telefónica da Colombia, por sua vez, assinalou que a América Latina já ingressa nessa nova revolução como “perdedora”, pois está deixando a lista dos países   produtores de bens e serviços, para os de meros consumidores.  “Uma empresa só não faz a revolução digital”, vaticinou.

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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