Telecom Italia prepara mais cortes
A Telecom Italia divulgou na noite da última sexta-feira, 13, os resultados financeiros do primeiro trimestre deste ano. O grupo, que controla a TIM Brasil, apurou receita de €4,4 bilhões, 5,6% menos que um ano antes. O EBITDA, lucro antes juros, amortizações e depreciações, ficou em €1,7 bilhão, 11,3% menor que no primeiro trimestre de 2015. O lucro líquido foi de €704 milhões, ou 25,1% mais baixo, enquanto o Capex registrado alcançou €944 milhões, €102 milhões a mais que nos mesmos meses do ano passado.
Diante do resultado, que mostra encolhimento de diversas métricas, o conselho de administração decidiu iniciar um plano de eficiência que levará a cortes em todo o grupo. A meta é ampliar as economias. Até o final do ano passado, a companhia estimava corte de €600 milhões até 2018. O objetivo, agora, é que seja de €1,6 bilhão.
Boa parte dos cortes acontecerá na operação brasileira, informou o CEO do grupo, Flavio Cattaneo. Além disso, o foco por aqui será a ampliação da infraestrutura 3G e 4G. “Temos que levar em consideração as grandes mudanças macroeconômicas, políticas e de mercado no país nos últimos meses. Um forte mudança é necessária, o que começou com a nomeação de um novo CEO“, disse Cattaneo sobre a TIM Brasil.
A operadora brasileira representou 20,2% do faturamento da Telecom Italia. Um ano atrás, representava 27,9%. A controladora destacou no balanço que o mercado local sofre com a volatilidade de diferentes índices, como o do câmbio e o de inflação. Ressaltou que essas flutuações impactam diretamente o setor de telecomunicações, especialmente a base de usuários pré-pagos. E reafirma o que a TIM Brasil falou durante sua divulgação de resultados: o objetivo é crescer em dados, onde é possível ampliar a margem EBITDA.