Telecall deve iniciar operação de 5G na Colômbia no primeiro tri de 25

O grupo brasileiro será o primeiro a oferecer a tecnologia móvel do 5G SA (Stand Alone) naquele país, começando pela cidade Medelín.
Telecall 5G
(crédito: Freepik)

A Telecall, MVNA brasileira que comprou frequência de 5G na Colômbia, pretende iniciar as operações no primeiro trimestre do próximo ano, disse hoje, 9, Bruno Ajuz, VP de marketing da operadora. Segundo ele, o grupo brasileiro será o primeiro a oferecer a tecnologia móvel do 5G SA (Stand Alone) naquele país, onde iniciará a operação na cidade de Medelín. Pelas regras da licitação, a empresa deveria iniciar a prestação do serviço no final deste ano, mas, segundo o executivo, o adiamento já foi autorizado pelo regulador colombiano.

Além de oferecer o serviço móvel ¨puro¨, ou seja,  uma rede totalmente 5G, sem o legado da rede 4G,  a operadora pretende também massificar o FWA (banda larga fixa que usa a frequência 5G) naquele país, fazendo com que ele seja o equipamento de acesso fixo nas residências colombianas, substituindo o próprio WiFi. ¨Os fabricantes estão prometendo baratear o equipamento para o próximo ano e acreditamos muito nessa tecnologia de air fibra”, afirmou o executivo.

A Telecall, que passará a ser uma MNO naquele país con o 5G, já está firmando os acordos de roaming e de compartilhamento de infraestrutura com as duas maiores operadoras de lá (Movistar, que é a Telefönica; e Claro). ¨As parcerias estão caminhando muito bem¨, ressaltou Ajuz.

IoT latino

André Martins, CEO da NLT, por sua vez, disse, durante painel no Futurecom, que já está ampliando as operações de IoT (Internet das Coisas) para diferentes países da América Latina. Atualmente, a operadora conta com quase um milhão de conexões ativas no território brasileiro e começa a fazer outras centenas de acessos na região.

Para Martins, as alterações regulatórias promovidas pela Anatel deram importante impulso ao desenvolvimento da Internet das Coisas no Brasil. Entre as medidas regulatórias adotadas, ele ressaltou a obrigatoriedade das grandes operadoras  lançarem as Orpas (Oferta de Referência de Produto de Atacado) para o segmento móvel. ¨O ambiente regulatório mais atrativo e mais aberto, e a regulação das Orpas conseguiram trazer para o mercado uma referência de preço, e deram um importante estímulo para as MVNOs”, afirmou o executivo.

Mas ele defendeu a necessidade de se ampliar os incentivos para as operadoras virtuais, como por exemplo tributação diferenciada.

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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