Telebras confirma novo acordo com Viasat e leva ao TCU

Com a liberação do contrato pelo TCU, poderá ser acelerado o programa de banda larga nas escolas e postos de saúde públicos, como também a instalação de antenas WiFi em áreas rurais e isoladas com internet a preços bem acessíveis
O SGDC sendo embarcado para a Guiana Francesa, em 2017, semana antes de ser colocado em órbita.

A Telebras informou hoje, 1, por meio de sua assessoria de imprensa, que protocolou no Tribunal de Contas da União (TCU) o novo contrato firmado com a norte-americana Viasat, para a exploração civil da banda KA de seu satélite SGDC.

Em 18 de janeiro este portal antecipava o fechamento do acordo entre as duas empresas. Esse contrato ficou suspenso por mais de um ano, primeiro pelo Supremo Tribunal Fedeal (STF) e depois pelo TCU. 

O TCU acabou liberando o acordo em outubro do ano passado, mas mandou refazer várias cláusulas do acordo. Entre elas, a de repartição de receitas entre as duas empresas.

Conforme havia apurado a Corte de Contas, o primeiro acordo previa uma taxa de retorno para a Telebras  8,95% e para a Viasat, de 16,44%. Para tornar mais equitativa a distribuição dos ganhos, o tribunal manda a Viasat aumentar o percentual de receita que irá repassar para a estatal pela exploração direta do serviço.

Conforme o contrato inicial , a Viasat se propunha a repassar para a Telebras entre 19 a 21% da receita de cada cliente que for atender por conta própria. O TCU disse que essa receita poderia ser maior.

Conforme o comunicado da estatal, foram renegociadas as cláusulas de participação entre as duas empresas, mas a operadora não informou os termos desse novo acordo. O Tribunal avaliou que outros itens do contrato deveriam ser alterados, como o imposto sobre as antenas VSAT, que estava sendo repassado para a Telebras e que a Corte entendia que deveria ser assumido pela Viasat. O TCU determinava também a redução do preço das antenas.

A liberação desse contrato pelo Tribunal irá permitir que se acelere o programa do governo federal de levar banda larga para as escolas públicas e postos de saúde se acelere. Também  irá possibilitar a ViaSat espalhar o acesso WiFi à banda larga para comunidades isoladas e rurais, a preços bem acessíveis, conforme o modelo de negócios da operadora norte-americana em outros países, como o México. 

Embora a Viasat tenha informado que também não poderia dar detalhes do novo acordo. a empresa elogiou o TCU e se comprometeu em expandir o acesso à banda larga no Brasil.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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