Para além da conexão, projetos levam a alunos tendências tecnológicas

Embratel, Qualcomm e Instituto Ayrton Senna compartilham iniciativas que aproximam escolas públicas do aprendizado online com atenção à segurança cibernética e conceitos pedagógicos.
Iniciativas promovem diferentes soluções de tecnologia nas escolas | Foto: Freepik

A chegada do acesso à internet nas escolas do país suprem a ausência de conexão, mas deixa em aberto outras lacunas que envolvem como usar a rede adequadamente. Pensando nisso, empresas e entidades estão trabalhando em soluções que atendem as necessidades dos estudantes, professores e Secretarias Estaduais de Educação em diversos projetos piloto.  

Uma das maiores demandas é a plataforma de aulas. A diretora Executiva para Governo da Embratel, Maria Teresa Lima, chama atenção para requisitos importantes como a segurança cibernética e a possibilidade de garantir que o acesso se dê para conteúdos que fazem parte da atividade educacional, bloqueando determinados sites que fogem dessa finalidade. A empresa precisou desenvolver tais ferramentas em seu produto, Embratel Sala de Aula.

“Nossa plataforma permite que professores e secretários definam qual acesso será permitido aos alunos, independente do device [computador, celular ou tablet]. Prevê a realização de aulas, aplicação de avaliações, acompanhamento individualizado de cada aluno, gerando dados que vão permitir personalizar o aprendizado”, contou Maria Tereza no evento Edtechs e as Escolas públicas, promovido pelo Tele.Síntese.

A executiva acrescenta que os recursos tecnológicos também permitem a rastreabilidade dos dispositivos de responsabilidade da escola. “Há possibilidade de fazer a gestão dos ativos, saber onde está o computador, se saiu da escola. Isso facilita as áreas envolvidas no controle desses ativos”, complementa.

Games

Além disso, aprender com as telas também proporciona diferentes formatos de aulas, trazendo jogos eletrônicos para o uso pedagógico, por exemplo. Além da Embratel, o Instituto Ayrton Senna compartilhou iniciativas também neste sentido. 

Cinara Moura, gerente de Canais e Marketing de Produto do Instituto Ayrton Senna, compartilhou a experiência da entidade em usar o recurso de gamificação para a formação de competências socioemocionais. 

“[Os estudantes] entram em uma plataforma, como se fosse uma galáxia, e vão respondendo questões do dia a dia. Na medida que respondem, avançam entre planetas. Ao final do processo, recebem um diagnóstico de como está a competência socioemocional”, descreve Cinara. 

A partir do conjunto de diagnósticos, os gestores educacionais também têm uma panorama mais geral, sobre como está a situação socioemocional da comunidade escolar como um todo. “Isso é importante porque eles conseguem trabalhar com mais intencionalidade. Temos relatos qualitativos de crianças e adolescentes que, inicialmente, não entendiam o foco em si, mas depois perceberam impactos positivos”, conta. 

O Instituto Ayrton Senna trabalha com diversos outros casos de uso de tecnologia nas escolas. As parcerias se iniciam pela identificação das demandas para, em seguida, buscar soluções de inovação.

Conexão e RV

A Qualcomm, por sua vez, por meio da Wireless Reach, vem levando ferramentas às unidades de ensino e aperfeiçoando os projetos. Recentemente, em iniciativa realizada em parceria com o Instituto Crescer, alunos de quatro escolas de Goiânia (GO) receberam óculos de realidade virtual (RV) para o laboratório de informática, sendo este o primeiro contato com um equipamento do tipo para a grande maioria deles. 

Milene Franco, gerente Sênior de Relações Governamentais da Qualcomm, ressalta que o acesso aos equipamentos se tornou uma alternativa para aprender conteúdos de forma mais dinâmica em aulas como biologia e inglês. 

São dez óculos para o laboratório que atende toda a escola. Com isso, o uso é breve, como para assistir a vídeos de cerca de três minutos, que explicam conceitos com mais recursos visuais, divertindo e prendendo a atenção do estudante.

A organização necessária para promover o acesso de todos a um número restrito de equipamentos foi um dos primeiros desafios, mas também considerados pela empresa uma experiência na otimização necessária para escalar o projeto futuramente. “Quando colocamos em campo, temos a oportunidade de visualizar os desafios e nos antecipamos”, explica Milene.

 A empresa já vinha oferecendo computadores que já possuem conectividade embutida, que permitia aos alunos o acesso à internet não só dentro da sala de aula, mas também em casa. Os óculos de RV são uma segunda etapa do projeto. 

O Congresso Edtechs e as Escolas públicas segue até esta sexta-feira, 22. Clique aqui para conferir a programação.

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Carolina Cruz

Repórter com trajetória em redações da Rede Globo e Grupo Cofina. Atualmente na cobertura de telecom nos Três Poderes, em Brasília, e da inovação, onde ela estiver.

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