Tecnologia e Comunicações somam 29% dos bloqueios no orçamento de 2022
O Ministério da Economia divulgou nesta semana o detalhamento dos bloqueios no orçamento de 2022. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) aparece como a pasta com maior corte, de R$ 2,5 bilhões – restando R$ 6,8 bilhões.
Entre os 15 setores com maiores bloqueios, o Ministério das Comunicações (MCom) está na 10ª posição, perdendo R$ 87,3 milhões dos recursos previstos. A dotação atual ficou em R$ 1,5 bilhão.
Juntas, as pastas de Tecnologia e Comunicações representam 29% dos R$ 8,7 bilhões congelados teve no orçamento para cumprir a regra de teto dos gastos. Ainda entre os ministérios mais afetados está o da Educação, com R$ 1,5 bilhões a menos e a Saúde, que perdeu R$ 1,2 bilhões (veja a lista completa mais abaixo).
Os valores, divulgados nesta segunda-feira, 6, são maiores que os R$ 8,2 bilhões previstos em maio pelo governo federal. A alteração se deu decorrente da necessidade do incremento de R$ 463 milhões no orçamento do Ministério da Economia para despesas obrigatórias do órgão.
Na reformulação, consta uma reserva de contingência de R$ 1,7 bilhão para possível reestruturação de carreiras dos servidores federais.
Ranking dos bloqueios no orçamento
Veja abaixo os setores mais afetados pelos cortes:
- Ciência, Tecnologia e Inovações: R$ 2. 5 bilhões
- Educação: R$ 1,5 bilhões
- Saúde: R$ 1,2 bilhões
- Defesa: R$ 706,9 milhões
- Infraestrutura: R$ 199,8 milhões
- Desenvolvimento Regional: R$ 1,4 milhões
- Relações Exteriores: R$ 120,5 milhões
- Justiça e Segurança Pública: R$ 117,3 milhões
- Cidadania: R$ 94,4 milhões
- Comunicações: R$ 87 ,9 milhões
- Minas e Energia: R$ 46,9 milhões
- Turismo: R$ 36,5 milhões
- Presidência da República: R$ 25,3 milhões
- Banco Central do Brasil: R$ 18,7 milhões
- Mulher, da Família e dos Direitos Humanos: R$ 9,6 milhões
Outros cortes no orçamento
O orçamento já foi aprovado com baixas no final de 2021. Em janeiro deste ano, o presidente Jair Bolsonaro sancionou com vetos a Lei 14.303, de 2022, cortando R$ 3,1 bilhões em despesas aprovadas em dezembro pelo Congresso Nacional: sendo R$ 1,3 bilhão em emendas de comissão e R$ 1,8 bilhão em despesas discricionárias.
Na largada de 2022, o MCTI já havia sofrido um veto de R$ 74,20 milhões e o MCom teve um corte de R$ 63,55 milhões.