Tecnologia contra fraudes: bancos investiram R$ 45 bi em 2023

Os gastos para garantir a segurança das transações bancárias online, incluindo capacitação de profissionais chegaram a R$ 4,5 bilhões no ano passado, de acordo com Febraban
Tecnologia: contra fraudes: bancos investiram R$ 45 bi em 2023
Isaac Sidney, Presidente da Febraban, na abertura do 1º Congresso de Prevenção e Representação a Fraudes, Segurança Cibernética e Bancária

O enfrentamento a golpes e fraudes contra o sistema bancário brasileiro tem exigido uma atuação integrada entre as instituições bancárias no sentido de investimento em tecnologia e cooperação. É o que garante Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

De acordo com ele, os bancos brasileiros fizeram um investimento de R$ 45 bilhões em tecnologia em 2023 para ampliar a proteção aos dados dos clientes e diminuir os riscos de golpes e fraudes aplicados online.

Já os gastos para ampliar a segurança online, incluindo ações como a capacitação de profissionais qualificados, chegaram a R$ 4,5 bilhões no mesmo período. “O setor financeiro está preparado para enfrentar esse desafio”, afirma Sidney.

Os dados foram apresentados pelo presidente da Febraban na abertura do 1º Congresso de Prevenção e Representação a Fraudes, Segurança Cibernética e Bancária que acontece entre hoje e amanhã, em São Paulo.

Sidney citou ainda dados do projeto Tentáculos, acordo de cooperação entre a Febraban e a polícia federal para a prevenção de crimes cibernéticos contra o sistema bancário.

Iniciado em 2018, o Tentáculos resultou em 200 operações com 445 mandados de busca e apreensão e 85 prisões de criminosos, graças à troca de informações entre os bancos e a PF, que também conta com o apoio das polícias estaduais.

Ainda no sentido de reprimir os golpes e fraudes contra o sistema bancário, a Febraban criou em abril do ano passado um grupo consultivo formado por 28 instituições de diferentes áreas. Em um ano, de acordo com o Sidney, o trabalho também resultou em 2500 indiciamentos e prisões de criminosos cibernéticos.

“As áreas de prevenção e repressão a fraudes a bancos atuam de forma integrada. Quanto mais robusto forem os controles dos bancos e a cooperação entre todos, mais estarão protegidos os dados dos clientes e o próprio setor conseguirá mitigar os riscos de golpes e fraudes”, disse o presidente da Febraban.

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Simone Costa

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