Surf Telecom se credencia para explorar WiFi Livre em São Paulo
Mais uma operadora se credenciou para explorar o WiFi Livre na cidade de São Paulo. Trata-se da Surf Telecom, dona de espectro na faixa de 2,5 GHz, através do qual entrega telefonia móvel usando LTE. A empresa vai usar o backbone da rede móvel para iluminar as praças com WiFi.
Segundo o diretor comercial da Surf Telecom, Davi Fraga, a estratégia tem baixo custo. “Estamos prevendo investimentos de R$ 4 milhões. O que importa é ter na região antenas ou torres LTE que irradiem para o local da praça”, explica.
A operadora se credenciou na última semana de vigência do edital do programa da prefeitura chamado WiFi Livre SP. O contrato definitivo ainda precisa ser assinado. A iniciativa prevê que empresas interessadas entreguem WiFi gratuitamente em 621 locais determinados pela Secretaria de Inovação e Tecnologia, com liberdade para exibir publicidade aos usuários, por 60 meses.
Metade dos pontos é de ocupação obrigatória, a outra parte, facultativa. Fraga diz que a Surf Telecom vai ocupar todos os pontos. “Estamos na fase de negociação com fornecedores para compra a instalação dos equipamentos. Mas ainda este ano teremos parte dos pontos ativados”, diz o executivo.
O modelo de negócio será novidade dentro da empresa, que é especializada em oferecer serviços de MVNO para o varejo, times de futebol ou igrejas. A Surf é responsável ainda pela operadora móvel virtual dos Correios. Será sua primeira iniciativa de remuneração a partir da exibição de anúncios no dispositivo dos usuários.
“Vamos oferecer a agências de publicidade o negócio de comercialização dos espaços publicitários, mas também vamos usá-los para fortalecer o core da nossa empresa, divulgando nossas MVNOs. São milhões de clientes potenciais que vão acessar o serviço e conhecê-las. É uma forma de fomentar o negócio principal da empresa”, conta Fraga.
A concorrente America Net, primeira empresa a participar do edital, começou com a implantação de pontos neste mês. Em seus cálculos, prevê gastar ao menos R$ 20 milhões, dinheiro que será usado para levar backbone em fibra óptica às praças, postos de saúde, escolas e demais pontos de acesso previstos no programa.