Surf Telecom quer chegar a mais de 1 milhão de assinantes até dezembro
Depois de uma estreia no mercado, em 2016, com expectativas que acabaram não se cumprindo, a EuTV, uma integradora móvel virtual que usa a rede da TIM e tem a marca comercial de Surf Telecom, acabou acertando o modelo de negócios. Sem dúvida, vencer o contrato para operar a rede dos Correios Celular, serviço lançado em 2017, foi decisivo no redesenho da estratégia. Entre as MVNOs que carrega na sua rede, além dos Correios, estão Magazine Luiza, Algar Telecom e CenturyLink.
De acordo com os dados de dezembro de 2018 da Anatel, a Surf Telecom contava com 120 mil clientes ativos. Pelos dados da empresa, em fevereiro deste ano já eram 500 mil chips comercializados. Há um gap entre os chips comercializados e ativos principalmente nos Correios Celular, que tinham, em fevereiro, 380 mil chips já distribuídos pela sua rede de comercialização. A expectativa de Yon Moreira da Silva, CEO da Surf Telecom, é fechar 2019, com mais de um milhão de chips e como a maior MVNE desse segmento de mercado.
Em entrevista ao Tele.Síntese, que será publicada amanhã, dia 15, Yon fala sobre a estratégia da Surf Telecom e sobre o mercado de operadoras virtuais, que ele acredita ser um excelente veículo de competição para a telefonia celular e também para a inclusão dos que ainda não têm telefone móvel.
Ele não considera que a iniciativa fracassou no Brasil, embora as operadoras virtuais tenham demorado a se viabilizar. “Uma operadora virtual precisa ter um modelo de negócio adequado. Precisa ter foco. Se o empreendedor quiser entrar para só vender o chip ganhando 10% sem estratégia, vai fracassar”, diz ele. A Surf mesmo acaba de pedir o descredenciamento de três MVNOs. Mas as demais, diz ele, estão firmes em seus negócios.