Startup brasileira promete simplificar a tokenização de ativos digitais
A Bitshopp, startup brasileira especializada em blockchain, anunciou o lançamento de sua plataforma projetada com o objetivo de simplificar a adoção de tokenização utilizado na negociação de ativos digitais, acessível para empresas de todos os tamanhos. Com a inovação, a empresa diz que poderá atingir faturamento de R$ 110 milhões em três anos.
Segundo a Bitshopp, as empresas enfrentam como obstáculos para tokenizar ativos a complexidade técnica da tecnologia blockchain, a necessidade de infraestrutura especializada e a falta de soluções que possam ser implementadas rapidamente e sem equipes especializadas. Há ainda o fato de os projetos, muitas vezes, esbarrarem na dificuldade de integração com sistemas legados e na necessidade de conformidade regulatória, especialmente em transações financeiras.
A proposta da startup foi criar uma plataforma whitelabel, que viabiliza a qualquer empresa emitir tokens e realizar operações na blockchain em segundos, sem a necessidade de profissionais com experiência técnica em programação ou blockchain. O serviço, diz, permite a tokenização de ativos que vão de imóveis e recebíveis a títulos financeiros, cotas de participação, commodities e ativos ambientais, permitindo a rastreabilidade e fracionamento.
“Nossa plataforma elimina barreiras para adoção da tecnologia blockchain, permitindo que qualquer negócio utilize a tokenização para entregar experiências valiosas para todos os tipos de clientes, possibilitando que participem de um movimento tecnológico que hoje é restrito a um público limitado”, diz Marcos Mocatino, fundador e CEO da Bitshopp.
Integrações
A plataforma permite integração com ferramentas de inteligência artificial (IA) e dispositivos de internet das coisas (IoT). Isso possibilita utilizar serviços externos de verificação de dados e geração de insights a partir de dados extraídos da blockchain. Em outras palavras, a startup explica que é possível realizar previsões de receita, identificar padrões de comportamento dos compradores, otimizar estratégias de precificação dos ativos em tempo real e antecipar tendências de mercado.
Já a conexão com dispositivos IoT facilita a coleta de informações por sensores e maquinários, registrando dados e emitindo tokens em blockchain de forma automatizada em tempo real, para rastreabilidade e certificação. A solução também oferece a capacidade nativa de realizar transações atômicas (DvP – Delivery vs Payment), garantindo que a entrega do token e o pagamento por ele ocorram simultaneamente. Com isso, espera o surgimento de novos casos de uso para a tecnologia.
Segundo a startup, a plataforma utiliza uma rede blockchain permissionada denominada “BESU”. Mantida pela Linux Foundation, é a mesma tecnologia adotada em projetos como o Drex e RBB – Rede Brasil Blockchain (BNDES e Tribunal de Contas da União). Para as empresas que querem testar a ferramenta, a Bitshopp disponibiliza um ambiente de testes (Sandbox). (Com assessoria de imprensa)