“Somos os maiores vendedores de streaming do Brasil”, diz CEO da Vivo

Em entrevista ao Tele.síntese, CEO da Vivo fala da estratégia em relação às OTTs, e que além de distribuir, continuará a fazer parcerias ou comprar novas empresas digitais.

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O CEO da Telefônica Vivo, Christian Gebara, conversou com o Tele.Síntese nesta sexta-feira, 28, sobre streaming, serviços digitais, parcerias e aquisições – entre outros assuntos. Revelou que a operadora mantém a busca por parcerias ou aquisições de serviços digitais, e que tem também papel na distribuição, tanto que é, falou, a maior vendedora de assinaturas de aplicativos de filmes e séries do país.

A estratégia da empresa é utilizar a grande capilaridade de canais (são 1,7 mil lojas, 5 mil vendedores), o acesso direto a mais de 100 milhões de clientes de telefonia móvel, fixa, banda larga fixa e TV, para ser a gestora de um grande ecossistema digital.

“Somos uma empresa com um big data, um conhecimento do cliente, que ninguém tem, uma marca forte, e podemos cobrar o cliente através da fatura, no país onde 70% das pessoas não têm cartão de crédito. Então a Vivo tem o poder de criar um ecossistema digital, que vai além de só vender conexão”, exemplificou.

Ele analista que as proporções permitem à companhia promover a inclusão digital e social. “Quero promover isso, e vamos ter vários modelos. Entre eles, fazer uma distribuição do serviço, como eu faço com o vídeo. Hoje eu vendo Netflix, Amazon, HBO, Globo, tudo através da plataforma da Vivo. Nós somos um dos maiores vendedores desses serviços no Brasil. Ele querem trabalha com a gente porque temos o canal, o conhecimento do cliente, a fatura”, resumiu.

Parcerias e aquisições

Modelo alternativo à distribuição é o investimento conjunto em segmentos. Gebara lembra do aporte realizado junto com a Ânima em uma joint venture para a área de Educação. O protótipo do aplicativo, batizado Viva E, já está pronto e disponível nas lojas de aplicativos. Além de trazer curtos livres, disse o executivo, traz uma plataforma de descoberta de empregos. “Então ajudamos a formar e ajudamos a empregar”, observou.

Ele defende a formação técnica como oportunidade para o Brasil. “A formação superior é ótima, mas essa geração hoje de programadores, cientistas de dados, estão sendo super demandados e valorizados, e podem conseguir colocação por meio da formação técnica. É uma coisa que o Brasil devia olhar com muito mais cuidado. Inclusive, desenvolvemos trilhas complementares para o Ensino Médio em ciência de dados e programação, já utilizadas em escolas no Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina”, contou.

Por fim, ressaltou que a Vivo seguirá em busca de oportunidades e parcerias em outras áreas, como Open Finance, Saúde. “Em graus diferentes, alguns casos com parcerias, outros com compra de empresas”, finalizou.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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