Softex não teme revés nas exportações aos EUA de Trump
Embora os Estados Unidos comprem a metade do software nacional vendido ao exterior, a preocupação de que o presidente recém eleito daquele país, Donald Trump, feche as portas para nossas empresas é mínima. É o que garante Ruben Delgado, presidente da Softex (Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro).
A associação tem como missão, entre outras coisas, apoiar a exportação dos produtos nacionais de tecnologia a partir de parceria com a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). Em 2015, 158 empresas participaram de programa de exportações, vendendo R$ 1,9 bilhões ao exterior.
“Em 2016, a expectativa é que tenhamos 200 empresas aderidas ao Projeto de internacionalização da Softex/Apex-Brasil. Juntas, estas empresas deverão ultrapassar os R$ 2 Bilhões, atingindo share de 50% na pauta exportadora brasileira de SW e Serviços. Nos anos em destaque, os Estados Unidos representaram 50% do destino de nossas operações internacionais, este número deverá se manter em 2017 e 2018”, acredita Delgado.
O Brasil exporta para os EUA tecnologias de análise de dados, dashboards com tecnologia cognitiva, sistemas de integração de plataformas, softwares ao B2C, sistemas de gestão para indústria, inteligência artificial, sistemas de controles de segurança e monitoramento de redes.
“Brasil e os Estados Unidos mantêm uma parceria de longo tempo e a Softex tem um trabalho consolidado e histórico na manutenção e ampliação desta relação. Não haverá nenhuma mudança nos planos de ações nem nas pautas de exportações para aquele mercado”, garante.
A vitória de Trump derrubou ontem papeis das empresas norte-americanas de tecnologia. O candidato republicado prometeu, durante a campanha, rever acordos comerciais e adotar políticas protecionistas, aumentando impostos para produtos de tecnologia vindos de fora do país – especialmente da China.