Só quando a TV for desligada é que todos poderão ter o sinal digital, diz a EAD
O presidente da EAD – empresa renomeada para Seja Digital – Antonio Carlos Marteletto, está convencido que somente com o desligamento definitivo do sinal analógico da TV na capital da República, que deveria ter acontecido no último dia 26 de outubro, e ficou adiado para o dia 17 de novembro, é que pelo menos 10% a 15% dos que ainda têm TV analógica vão se mobilizar para mudar essa situação. “Somente depois que há o corte do sinal é que um grande contingente de pessoas se mobiliza para não ficar sem a TV. Isso aconteceu em todos os países que já passaram por essa transição e também aconteceu em Rio Verde, a cidade piloto”, afirmou o executivo.
Ele disse que até hoje a entidade já distribuiu em Brasília e nas cidades do entorno 272 mil kits com o conversor e a antena para a população de baixa renda, de um cadastro com 350 mil famílias que as operadoras de celular receberam da Anatel. “Isso dá um percentual de 77% de atendimento ao público escolhido, também acima da média dos demais programas”, afirmou o executivo. Além disso, a empresa resolveu ampliar a busca pelas famílias de baixa renda e cadastrou outras 50 mil famílias que não integravam os programas do cadastro único do Bolsa Família, distribuindo mais 13 mil kits para esse público.
“Não sei aonde a Abert encontrou o número de 400 mil pessoas que vão ficar sem TV. Para ele, não passa de 50 mil famílias, ou 200 mil pessoas que ainda estariam sem receber a TV digital. “Estamos trabalhando para zerar esse contingente. A última pesquisa apontava para 88% dos lares aptos a receberem os sinais digitais, com projeções para 90%”, afirmou o executivo.
Ele espera que, na próxima pesquisa, que será concluída na próxima semana, ao se confirmar o percentual de 90% ou mais de lares prontos para os sinais digitais, não haja mais recuo no desligamento de todos os canais de TV no dia 17 de novembro, conforme anunciado pelo Gired.