Smart Modular Technologies inaugura fábrica de baterias para smartphones

Fabricante líder do mercado local de circuitos integrados entra no segmento das baterias de polímeros de lítio com meta de obter 20% de participação até abril.

A fabricante de semicondutores, circuitos integrados e módulos de memória Smart Modular Technologies está ampliando os negócios no país. A companhia entrou no segmento de baterias de polímeros de lítio em agosto, quando a fábrica que fica em Atibaia, no interior de São Paulo, começou a produzir a bateria dos aparelhos da linha J, da Samsung.

A empresa tem por objetivo produzir para outras marcas. Sua capacidade é de 6 milhões de baterias por ano, cuja meta é ocupar plenamente até abril. Se atingir tal número, terá ao menos 20% do mercado local de baterias para smartphones, tablets, notebooks.

A companhia também tenciona fornecer para fabricantes de outros segmentos, como produtores de objetos conectados à internet das coisas ou mesmo de carros elétricos. Neste casos, com baterias estacionárias. O mercado é promissor. Segundo Rogério Nunes, presidente da Smart no Brasil, o mercado de baterias de polímeros de lítio não para de crescer e chegará a 12 bilhões de unidades comercializadas, no mundo, em cinco anos.

“Estamos inaugurando esta fábrica pois estamos diversificando nossa atuação no mercado de semicondutores. O mercado de tecnologia está em constante transformação, já produzimos memória, módulos de armazenamento e agora, baterias. Com este tripé, ficamos posicionados de forma única em relação ao futuro”, diz o executivo.

Mas a companhia vai continuar a investir em sua especialidade, os semicondutores. No primeiro trimestre de 2019, voltará a fabricar SSDs. A Smart havia iniciado a fabricação deste produto ainda em 2010, mas desistiu devido aos custos e à baixa demanda. Agora, Nunes vê uma reversão deste quadro e diz que o mercado dos SSDs está aquecido.

Também em 2019 a fábrica começará a produzir módulos de conectividade WiFi+BT+LTE, LORA ou 5G. Atualmente, já faz módulos WiFi+BT. Os componentes serão destinados à internet das coisas.

Por trás dos grandes

Uma gigante pouco conhecida do público, especializada no fornecimento para outros fabricantes, a Smart tem como principal operação a planta brasileira, embora seja norte-americana e tenha ações emitidas na Nasdaq. Por ano, apenas a unidade no Brasil é capaz de fazer 150 milhões de encapsulamentos de semicondutores, 7 milhões de módulos de memória. A maior parte da produção é escoada internamente, para clientes como Samsung, Lenovo, Positivo, Dell.

“Temos um terço do mercado local de memória para celulares. Quase 50% do mercado de módulos de memória”, ressalta Nunes. A ampliação da fábrica para comportar a divisão de baterias faz para do plano de investimentos de cinco anos. Até 2021, a companhia prevê investir no país R$ 700 milhões. A fábrica faturou R$ 2,2 bilhões no país em 2018.

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Rafael Bucco

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