Sinal de celular em metrô passará a ser prioridade do novo Pert da Anatel
O Conselho Diretor da Anatel aprovou hoje, 8, consulta pública, por 60 dias, do novo Pert – Plano Estrutural de Redes de Telecomunicações – que orienta os investimentos públicos e privados na construção e expansão das redes de telecom para até o ano de 2029. E, conforme a proposta do conselheiro relator, Vicente Aquino, foram incluídos também oito novos eixos prioritários, a partir da demanda de diferentes ministérios. Entre eles, o de ampliar o sinal de celular em metrô.
Os oito novos eixos sugeridos por Aquino são: conexão da educação básica, conexão das unidades básicas de saúde e telessaúde, conexão de áreas rurais, cobertura móvel em áreas turísticas sem cobertura, conexão dos campi da Embrapa, fortalecimento das redes comunitárias, cobertura celular em metrô e túneis; e adequação dos planos estratégicos da agência.
Além dos pontos específicos, foram estabelecidos como prioritárias as seguintes medidas:
- melhoria da qualidade da cobertura móvel em cidades com baixo IDH; a ampliação das redes 4G e 5G; ampliação do sinal em rodovias
- expansão das redes de transporte com a melhoria da capacidade dos backbones, da interconexão regional e internacional, transporte rural e suporte às novas gerações da telefonia móvel
- expansão das redes de acesso com ampliação das redes de fibra; modernização das redes legadas e ampliação em áreas urbanas com baixa cobertura.
No diagnóstico feito pela Anatel no ano passado, sobre os resultados do primeiro Pert, a agência constatou que a quantidade de acessos móveis apresentou estabilidade ao longo dos últimos cinco anos, com cerca de 100% de penetração, acompanhando a média mundial. Apesar disso, permanece a desigualdade de acesso, principalmente nos estados das Regiões Norte e Nordeste do país. A velocidade média da banda larga ainda é desigual entre os estados brasileiros e está bastante relacionada com a inexistência de infraestrutura robusta que a suporte, especialmente na zona rural.
Houve ainda grande evolução na quantidade de acessos de fibra óptica, que representa 70% dos acessos totais, com impacto positivo na média nacional de velocidade (contratada) que alcançou, em 2022, 302,3 Mbps.