Servidores de agências recusam proposta salarial do governo e marcam greve

Paralisação dos profissionais das 11 agências reguladoras deve ocorrer nos dias 31 de julho e 1º de agosto; proposta do governo foi rejeitada em assembleia por 99% dos votos
Servidores de agências rejeitam proposta do governo e marcam greve
Manifestação de servidores de agências por reajuste salarial; greve foi marcada (crédito: Divulgação/Sinagências)

Os servidores das agências reguladoras decidiram, em assembleia na segunda-feira, 22, rejeitar a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo e realizar uma greve geral de 48 horas na próxima semana. A paralisação, cuja proposta recebeu apoio de 92% dos servidores, deve ocorrer nos dias 31 de julho (quarta-feira) e 1º de agosto (quinta-feira).

O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) informou que os profissionais das 11 agências reguladoras irão interromper os trabalhos, incluindo atividades como controle e fiscalização em portos e aeroportos e abastecimento de energia elétrica e água.

Os servidores também decidiram pôr em prática uma ação coordenada entre as autarquias, visando à intensificação dos Procedimentos de Limpeza e Desinfecção de Aeronaves (PLD) em aeroportos de todos os estados. Isso vai acontecer entre esta terça-feira, 23, e quinta-feira, 25, e deve gerar impactos nos voos pelo País.

“Com todos os atos, os servidores esperam chamar a atenção da sociedade para a necessidade de valorização da Regulação no país, além de pressionar o governo a equiparar as carreiras das agências com as do Ciclo de Gestão”, diz o Sinagências, em nota.

Reajuste

Na assembleia, por 99% dos votos, os servidores decidiram rejeitar a proposta de reajuste salarial oferecida pelo governo. A oferta foi de aumento de até 21,4% para os cargos da carreira e até 13,4% para o Plano Especial de Cargos (PEC), divididos em duas parcelas (janeiro de 2025 e abril de 2026).

O Sinagências argumenta que a proposta “nem sequer cobre as perdas inflacionárias registradas nos últimos anos”. O sindicato cita que, de janeiro de 2017 a junho de 2024, a inflação medida pelo IGP-M soma 71,84%, enquanto o IPCA registra alta de 45,35%.

“Essa proposta não resolve as distorções remuneratórias internas à categoria e externas em relação às demais carreiras típicas de Estado”, pontua a entidade.

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Da Redação

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