Sem NetCo, Grupo TIM cresce em receitas e reduz dívida no 3º trimestre

Receita e EBITDA da operadora avançaram tanto na Itália quanto no Brasil; companhia encerrou setembro com uma dívida financeira líquida ajustada após aluguéis inferior a 8 bilhões de euros
Grupo TIM amplia receitas e reduz dívida após venda da NetCo
Grupo TIM celebra alta de receitas e diminuição da dívida no 3º trimestre (crédito: Divulgação)

Após concluir a venda da NetCo no início de julho, o Grupo TIM (antiga Telecom Italia), dono da TIM Brasil, registrou aumento de receitas e diminuição da dívida financeira no terceiro trimestre.

A receita da operadora totalizou 3,6 bilhões de euros (aproximadamente R$ 22 bilhões) entre julho e setembro, alta de 3,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. As vendas avançaram 2,1% na Itália, ao passo que tiveram expansão de 6% no Brasil.

A receita de serviços da holding, inclusive, cresceu 4,3% na comparação anual, alcançando 3,4 bilhões de euros (R$ 20,75 bilhões).

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) avançou 7,6% ante o terceiro trimestre do ano passado, totalizando 1,1 bilhão de euros (R$ 6,71 bilhões). Na Itália, o indicador teve desempenho superior (+7,9%) ao apurado no Brasil (+7,3%) na mesma base de comparação.

“Durante o trimestre, prosseguiram as ações de contenção de custos destinadas a aumentar o nível de eficiência estrutural do perímetro doméstico”, diz a operadora, em trecho do balanço financeiro.

Redução da dívida

No balanço financeiro, a operadora destacou que a dívida financeira líquida ajustada após aluguéis caiu para 7,98 bilhões de euros (R$ 48,7 bilhões) em 30 de setembro deste ano. O montante é inferior ao registrado quando da conclusão da venda da infraestrutura de rede fixa (8,1 bilhões de euros), em 1º de julho.

Além disso, nota-se que a alienação do ativo resultou em uma diminuição de 15,5 bilhões de euros na dívida financeira líquida ajustada (10,9 bilhões de euros, ao fim do terceiro trimestre) em relação ao montante de 30 de junho deste ano (26,4 bilhões de euros), um dia antes do fechamento do negócio com a KKR.

Segundo a TIM, a “adoção de um novo modelo de negócio permitirá ao Grupo competir de forma mais eficaz no mercado, graças a uma maior aposta nos componentes industriais”.

Nos nove primeiros meses do ano, a companhia teve prejuízo líquido de 509 milhões de euros (R$ 3,1 bilhões). Apesar de negativo, o resultado acumulado é 54,7% inferior ao rombo do mesmo período de 2023.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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