Seaborn obtém mais prazo para entregar plano de RJ do cabo Seabras-1

Plano deverá ser apresentado ao tribunal de Nova York até 18 de agosto, e votado até 19 de outubro.
Cabo Submarino Seabras-1 Seaborn Networks
Equipe da Seaborn durante a instalação do cabo submarino

A Seaborn, operadora do cabo Seabras-1 e controladora das empresas Seabras 1 US e Seabras 1 Bermuda, ambas em recuperação judicial, obtiveram na última sexta-feira, 27, autorização judicial para adiar a entrega de um plano de recuperação.

Na petição, os representantes das empresas alegam que a intenção é chegar a um plano consensual que envolva as empresas, diretoria, acionistas e credores. Por isso, solicitaram à Corte de Nova York, onde corre o processo, aval para entregar uma proposta até o dia 18 de agosto.

Também pediram, e foram atendidas, tempo para a votação do plano se dar até 19 de outubro. Dessa forma, o comando da empresa tenta evitar que um plano alternativo ao do conselho seja apresentado por qualquer outra das partes interessadas. Antes do pedido, o plano deveria ser entregue em 20 de abril, e o resultado da votação sobre ele, em 19 de junho.

A Seaborn é a operadora do cabo submarino de 10 km de extensão Seabras-1, que liga o Brasil aos Estados Unidos. Suas subsidiárias Seabras-1 US e Seabras Bermuda são as donas do cabo, e pediram recuperação judicial em 22 de dezembro por conta do vencimento de dívidas que somam US$ 150 milhões. Desde então, o boar da empresa negocia com credores e acionistas uma saída.

Da parte dos acionistas, havia pressão para que fosse realizada a venda de ativos, algo indesejado pela diretoria e por credores, que chegaram a argumentar no processo que sem ativos seria menos provável a geração de receita e o restabelecimento de condições para que o grupo quitasse a dívida.

Logo no início da RJ as empresas solicitaram avala para preservar o caixa e manter inalterada a operação comercial do cabo, no que foram atendidas.

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Rafael Bucco

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