São Paulo terá 5G Standalone liberado nesta semana
Moisés Moreira, vice-presidente da Anatel e presidente do Gaispi, grupo de acompanhamento da limpeza da faixa de 3,5 GHz para chegada, afirmou que São Paulo está pronta para receber o 5G Standalone. Segundo falou ao Tele.Síntese, a Siga Antenado – EAF realizou testes ao longo do fim de semana que comprovaram a viabilidade da ativação do sinal.
“Com os testes positivos e o trabalho de instalação de filtros em estações profissionais concluído pela EAF, considero mais do que justificável realizar uma reunião extraordinária do Gaispi para antecipar a liberação do sinal na maior cidade da América Latina”, disse Moreira.
Ele convocou uma reunião extraordinária para amanhã, 2. O Gaispi conta com representantes das operadoras, da Anatel, do Ministério das Comunicações, do setor de radiodifusão e das empresas de satélite. Aprovada a liberação, o sinal será entregue para uso das operadoras Claro, TIM e Vivo na quinta-feira, dia 4 de agosto.
O conselheiro diz que as operadoras vão ligar 892 antenas 5G Standalone, 20% do total de 4.592 antenas existentes na cidade em todas as tecnologias (2G, 3G, 4G). Dessa forma, vão atender com folga a obrigação do edital do leilão 5G de ligar ao menos uma antena para cada 100 mil habitantes, ou seja, 154 antenas por empresa, ou 462 no total.
A ativação do 5G Standalone resulta em interferência no sinal de TV aberta sintonizada por parabólica (TVRO). Por isso, as emissoras estão transferindo seu sinal para outra frequência, chamada Banda Ku. Para sintonizar este sinal, é preciso ter uma parabólica de 60 a 90 cm de diâmetro, com decodificador digital.
A organização Siga Antenado ficou encarregada de instalar 27.774 kits de parabólica digital em São Paulo para beneficiários de programas sociais inscritos no Cadastro Único do Governo Federal.
A liberação do sinal 5G não depende, no entanto, da conclusão da distribuição desses kits de sintonia em banda Ku. Depende da instalação de filtros que impedem interferência do celular sobre serviços profissionais de satélite (FSS). A instalação desses filtros é mais complexa e leva mais tempo. Em São Paulo, foram instalados filtros em 220 estações FSS. A lista de estações foi feita a partir de inscrições das empresas junto à Anatel até maio.