Rodrigo Abreu, ex-TIM, assume presidência da Oi em dezembro

O colunista Lauro Jardim, informou hoje, 1, que o Juiz da 7a Vara da Justiça, Fernando Viana, teria autorizado a mudança de nome na presidência da Oi, para a saída de Eurico Teles, e ingresso de Rodrigo Abreu, que já está no conselho da operadora. O Tele.Síntese confirma que Abreu assumirá a presidência da concessionária em dezembro. E que Abreu assume porque Eurico Teles resolveu antecipar o seu mandato, assegurado para até fevereiro de 2020. E Abreu e Teles estão divergindo muito sobre os caminhos da Oi. 

O colunista Lauro Jardim, informou hoje, 1, que o Juiz da 7a Vara da Justiça, Fernando Viana, teria autorizado a mudança de nome na presidência da Oi, para a saída de Eurico Teles, e ingresso de Rodrigo Abreu, que já está no conselho da operadora. O Tele.Síntese confirma que Abreu assumirá a presidência da concessionária em dezembro. Abreu assume porque Eurico Teles resolveu antecipar o seu mandato, assegurado para até fevereiro de 2020. E Abreu e Teles estão divergindo muito sobre os caminhos da Oi.

Entre as razões das divergências estão a própria contratação das consultorias que iriam estudar as alternativas para o futuro da empresa, e cujo resultado desse estudo deveria ter sido concluído no dia 30 de junho, ou seja, ontem. O mercado aguardava para hoje um comunicado da operadora sobre o resultado da análise dessas consultorias, o que não ocorreu.

Em janeiro deste ano, a Oi comunicava ao mercado que estava contratando a consultoria do Boston Consulting Group (BCG) para elaborar uma revisão estratégica. “O trabalho contempla a análise e definição de modelos de negócios com visão de longo prazo e a elaboração das diretrizes e planos de execução que assegurem a implantação destes modelos”, dizia a tele.

Além do BCG, a concessionária também contratou, na mesma época, o  Bank of America Merrill Lynch como assessor financeiro. A operadora informava no comunicado que o banco teria o papel de estruturar a venda de ativos “non core”, mas também buscaria oportunidades de M&A.  BofA, a Oi já era assessorada pela Oliver Wyman, para elaborar um plano de execução de investimentos.

O que o comunicado não informava, mas o mercado comentava há algum tempo é que a decisão da contratação dessas consultorias partiu do Conselho de Administração, e não do presidente Eurico Teles, que não via razões objetivas para esse esforço, já que as alternativas a serem sugeridas poderiam ser “mais do mesmo”.

Rodrigo Abreu, por seu turno, era um dos integrantes do conselho convencidos da necessidade de pensar a Oi para os próximos 10 anos e enfrentar realisticamente o que essa empresa poderá se tornar.

A venda de Angola

Para a atual direção da Oi, o fundamental agora seria concentrar esforços na busca de uma boa quantidade de recursos, para poder dar uma folga no caixa da empresa e, por isso, o foco está direcionado para a venda da operação de Angola, importante ativo cuja negociação está prestes a ser concluída.

Comentava-se também com frequência no mercado que Eurico Teles, atual presidente da Oi, só sairia do cargo quando quisesse, enquanto dependesse da decisão judicial. E, por isso, os analistas mais próximos do inbróglio davam como certa a permanência de Teles pelo menos até fevereiro de 2020, prazo da nova prorrogação da Recuperação Judicial.

O que teria mudado, para a Justiça aprovar a indicação de um outro nome, mesmo que apenas para o final do ano? É que Teles já comentava no mercado que pretendia deixar a direção da empresa em outubro ou novembro. Por que, entre outras razões, os seus bens e de todos os diretores da Oi estão bloqueados, também por determinação da própria justiça, enquanto a empresa se mantiver em Recuperação Judicial.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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