Rodízio curto de energia no Amapá dificulta recarga das baterias de ERBs

Roaming entre Claro, Oi, TIM e Vivo seguirá liberado até que a crise seja solucionada em definitivo

A situação do apagão no Amapá pode melhorar neste final de semana. A partir da meia noite, promete a Companhia Elétrica do Estado (CEA), a energia será restituída nas cidades do interior do estado. Ao todo, 13 cidades enfrentam falta ou racionamento de eletricidade desde o dia 3, quando a principal subestação pegou fogo – as causas ainda estão sendo apuradas.

Ao longo desta semana, a CEA adotou o rodízio de energia elétrica, entregando 6h de energia a uma cidades, depois 6h em outra e assim por diante. Até o momento, foi recuperada 80% da carga total de energia.

Na quinta-feira, no entanto, a empresa reviu essa solução e passou a entregar energia de 3h em 3h, o que se tornou um problema para as operadoras, uma vez que este tempo é insuficiente para recarregar completamente as baterias das estações. Em média, cada bateria por ERB precisa de 10h a 12h para completar uma recarga.

Ainda assim, com auxílio de geradores movidos a combustível, as teles conseguiram ampliar a quantidade de estações móveis em funcionamento. A semana começou com 50% das ERBs, em média, paradas. E vai terminar com disponibilidade de 70% a 90%, dependendo da operadora. A rede fixa já está próxima da normalidade.

Para a população, a sensação pode ser de disponibilidade maior, afirma o superintendente de Controle de Obrigações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Gustavo Borges. “O acordo de roaming entre as empresas prossegue, uma vez que está vinculado à solução da crise”, explica.

Segundo Artur Coimbra, secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações, ainda não é possível prever quando se dará o retorno à normalidade para o setor no Amapá. “O fato é que a energia não foi totalmente restabelecida. E com isso, muitos dos serviços ainda funcionam com gerador e de maneira bem precária. Infelizmente não é possível precisar quando os serviços de telecomunicações retornam ao normal porque dependemos do restabelecimento pleno do fornecimento de energia”, afirmou durante live realizada hoje, 13, pelo Tele.Síntese.

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Rafael Bucco

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