Retiradas da poupança superam os depósitos em quase R$ 6 bi, em setembro, diz BC

Segundo informou o Banco Central nesta sexta, 7, o volume de retiradas foi de R$ 314,6 bilhões, contra R$ 308,7 bilhões em depósitos, mas a diferença ficou abaixo da que havia sido registrada no mês anterior

A retirada de recursos da caderneta de poupança superou os depósitos, em setembro de 2022, diz o BC, mas a diferença ficou abaixo da que havia sido registrada no mês anterior. Segundo informou o Banco Central nesta sexta, 7, o volume de retiradas foi de R$ 314,6 bilhões, contra R$ 308,7 bilhões em depósitos, uma diferença de R$ 5,90 bilhões.

Segue, assim, a tendência de retirada vista neste ano de 2022. No acumulado até agosto, segundo o BC, a poupança já registrava saldo negativo de R$ 85,167 bilhões. Este volume supera o ano todo de 2015, que, até hoje, teve a maior retirada anual da série histórica (-R$ 53,567 bilhões).

Setembro gerou rendimento de R$ 6,527 bilhões, com o saldo total da caderneta somando R$ 992,437 bilhões, acima dos R$ 991,812 bilhões registrados em agosto, mas abaixo do resultado de julho, R$ 1,007 trilhão. Como detalhe do relatório divulgado nesta sexta, o dia 3 de outubro teve um volume de depósitos maior do que teve qualquer outro dia de setembro, com R$ 23,4 aplicados, mas igualmente, neste mesmo dia, o volume de retiradas superou os depósitos em 1,888 bilhão.

Dívidas

O endividamento das famílias é um dos principais motivos – senão o principal – de tantos saques. O BC já havia indicado que este endividamento havia batido recorde em maio (último dado disponível) ao somar 52,8% da renda acumulada nos 12 meses anteriores. Segundo dados do Serasa Experian, o país tinha 67,6 milhões de inadimplentes em julho.

Mas a situação não é nova. Em novembro de 2021, o país já registrava o maior endividamento das famílias desde 2010.

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Redação DMI

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