Restrição nacional de celulares nas escolas vai à sanção

Proibição engloba "aparelhos eletrônicos portáteis, inclusive telefones", ressalvados os casos de uso pedagógico ou como apoio para acessibilidade.
Uso pedagógico do celular nas escolas segue permitido | Foto: Freepik
Uso pedagógico do celular nas escolas segue permitido | Foto: Freepik

O Plenário do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira, 18, o projeto de lei que restringe o uso de celulares nas escolas públicas e privadas. O texto, que tem apoio do governo, vai à sanção após análise em regime de urgência. As regras entrarão em vigor na data da publicação. A ideia é que vigore a partir de 2025. 

O Ministério da Educação (MEC) chegou a informar que enviaria um projeto ao Congresso até outubro deste ano com medidas a nível nacional para os celulares nas escolas, mas o debate se deu com base em uma proposição que já tramitava, o PL 104/2015, de autoria do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), apensado a outros sobre o mesmo tema, e que passou por flexibilizações na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

A regra geral diz que “fica proibido o uso de aparelhos eletrônicos portáteis pessoais, pelos estudantes, durante a aula, durante o recreio, ou intervalos entre as aulas para todas as etapas da educação básica”, com exceção do uso especificamente dentro da sala de aula e para fins “estritamente pedagógicos ou didáticos“.

Entre as exceções, fica permitido o uso de aparelhos eletrônicos portáteis pessoais por alunos, independentemente da etapa de ensino e do local de uso, seja dentro ou fora da sala de aula, para os seguintes fins: 

  • garantir a acessibilidade; 
  • garantir a inclusão; 
  • atender às condições de saúde dos estudantes; e
  • garantir os direitos fundamentais.

Considera-se “sala de aula”, de acordo com a proposta, “todos os espaços escolares nos quais são desenvolvidas atividades pedagógicas sob a orientação de profissionais de educação”.

A redação prevê que os estabelecimentos de ensino elaborem “estratégias para tratar do tema do sofrimento psíquico e da saúde mental dos alunos da educação básica, apresentando a eles informações sobre os riscos, os sinais e a prevenção do sofrimento psíquico de crianças e adolescentes”, incluindo “espaços de escuta e acolhimento para receberem alunos ou funcionários” que estejam passando por problemas principalmente decorrentes do uso imoderado de telas e nomofobia (transtorno de ansiedade digital identificado pelo medo irracional de ficar sem acesso a um aparelho conectado).

Acesse aqui a íntegra da versão aprovada.

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Carolina Cruz

Repórter com trajetória em redações da Rede Globo e Grupo Cofina. Atualmente na cobertura de telecom nos Três Poderes, em Brasília, e da inovação, onde ela estiver.

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