Vendas de tablets caem 33% no terceiro trimestre de 2022, mostra IDC

Consultoria prevê desaceleração nas vendas no quarto trimestre e projeta 2023 como ano desafiador para o segmento
Vendas de tablets caíram no terceiro trimestre de 2022
Terceiro trimestre não foi um período positivo para o mercado de tablets no País (crédito: Freepik)

As vendas de tablets caíram 33% no terceiro trimestre de 2022 na comparação com o mesmo período do ano passado, informou a IDC Brasil, nesta quinta-feira, 15.

Entre julho e setembro deste ano, foram comercializados 557 mil dispositivos, dos quais 375 mil tiveram como destino o varejo e 182 mil foram para o segmento corporativo – as quedas foram de 20% e 50%, respectivamente.

Além disso, a consultoria disse que o preço médio dos tablets no terceiro trimestre foi de R$ 1.415. O valor aponta uma alta de aproximadamente 32% na comparação com o mesmo período de 2021.

Seguindo a baixa nas vendas, a receita teve queda de 12%, chegando a R$ 788 milhões.

Na avaliação de Reinaldo Sakis, gerente de Pesquisa e Consultoria de Consumer Devices da IDC Brasil, a redução das entregas dos acordos na área de educação levou ao desaquecimento das vendas, representando apenas cerca de 20% (36 mil unidades) dos aparelhos comercializados em âmbito corporativo.

Por outro lado, o large business, responsável pela aquisição de 80 mil unidades, foi o destaque positivo.

“Esse recuo pode ser explicado pela perda de participação no mercado de educação, que costuma ser intenso em modelos de entrada, com valores entre R$ 600 e R$ 1.000”.

No caso do varejo, a IDC atribui a baixa nas vendas às questões econômicas do País, citando a inflação em nível elevado, que compromete o poder de compra da população.

EXPECTATIVA

A IDC projeta uma desaceleração acentuado do mercado de tablets no fim do ano de 2022, além de um 2023 desafiador.

Para o quarto trimestre deste ano, a expectativa é de que as vendas se mantenham em um patamar similar ao do terceiro período. Se houver uma pequena melhora, ainda assim deve ficar abaixo dos números registrados em 2021.

“A falta de demanda está impactando muito o mercado de tablets. Além disso, a procura por especificações de tablets melhores e a alta da taxa de juros fazem com o que o consumidor demore mais para efetuar a compra. Com os juros altos, outro efeito é a tentativa de diminuir o número de parcelas, postergando a compra”, analisa Sakis.

Por fim, para o segmento B2B, a expectativa é de uma retração ainda mais acentuada, principalmente no setor de educação. Isso porque a demanda vem do setor público, e a possível mudança na agenda de investimento do governo deve reduzir o volume de recursos destinados ao segmento, conjectura a IDC.

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Da Redação

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