Reino Unido próximo de bloquear Huawei do mercado local de redes 5G

Movimento foi acelerado depois que os EUA vetaram a venda de componentes americanos à chinesa

O Reino Unido vai definir um plano para impedir que as operadoras locais usem equipamentos 5G da Huawei em suas redes. A notícia circulou neste final de semana em diferentes veículos do país.

Segundo o jornal Financial Times, a decisão tem relação direta com a pressão que os Estados Unidos estão fazendo para frear a expansão da gigante asiática no mundo.

O governo Trump determinou há um mês que nenhum fabricante americano de componentes poderá mais vender produtos à Huawei. Com isso, a empresa chinesa terá de recorrer a fornecedores alternativos, que não são vistos como seguros pelo governo do Reino Unido.

No final das contas, a companhia não poderá sequer ter a cota de 35% do mercado britânico, como determinado em janeiro. E ainda pode ser obrigada a sair das redes 4G.

Uma autoridade inglesa afirmou ao jornal que a restrição dos EUA à compra de semicondutores americanos afeta apenas novos aparelhos, o que deve preservar por um tempo a participação da Huawei no mercado existente de redes LTE, por exemplo.

Sem fornecedores confiáveis

Antes das restrições impostar por Trump à compra de componentes, os britânicos consideravam que a companhia ainda possuía itens em seus aparelhos de fornecedores confiáveis. Com o uso de novos componentes, o serviço de inteligência do Reino Unido diz que precisará os equipamentos se tornam uma incógnita.

O plano em elaboração ainda carece de detalhes. Circulam nos veículos locais que as operadoras terão até 2029 para retirar todo equipamento Huawei, inclusive das redes 4G. As operadoras locais já trabalhavam para que as redes 5G tivessem no máximo 35% de aparelhos da fabricante chinesa.

No momento, o setor pressiona o governo e parlamentares a concederem uma janela ampla de substituição. Alegam que o desligamento de sistemas Huawei tem impacto sobre os custos. E já alertam que, caso a intenção seja um banimento rápido, até 2023, o governo pode esquecer a meta de ver conexões móveis com velocidades de gigabit até 2025. (Com noticiário internacional)

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Da Redação

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