Regras mais flexíveis e modernas, defende Claro

Para Monique Barros, diretora da Claro, uma regulação mais flexível irá permitir que as prestadoras de serviço se adaptem com mais rapidez às novas demandas dos consumidores.

regras flexíveis

Com a grande disrupção que promete vir no setor de conectividade digital, o mais importante desafio regulatório é o estabelecimento de regras mais flexíveis e modernas, capazes de dar capacidade para as prestadoras de serviço de identificarem e se adaptarem rapidamente às novas demandas do consumidor. Esse é, para Monique Barros, diretora de regulamentação da Claro, o caminho regulatório a ser seguido no futuro.

” Para o consumidor, não existe mais o mercado de SEAC  [ Serviço de Comunicação Multimídia], mas sim o mercado de audiovisual, mas para a prestadora de serviço, as regras do SEAC ainda são muito complexas”, pontuou ela. Mas se essas são as reivindicações para um futuro breve, Monique citou algumas alterações regulatórias que poderiam ser implementadas agora e que tornariam a prestação do serviço mais ágil.

Entre as regras flexíveis já adotadas, a diretora da Claro elogiou, por exemplo, a decisão da Anatel de não mais aceitar o ingresso no País de aparelhos de celular 2G e 3G Only (ou seja, capazes de apenas conectar as redes legadas), mas sugeriu que já podem ser adotadas novas medidas para acelerar o avanço das novas redes de celular. Entre as medidas, ela citou que o próximo passo deveria ser a não renovação das homologações dos aparelhos dessas duas tecnologias que estão no mercado.

6 GHz

Ela elogiou ainda a nova tomada de posição da Anatel, que decidiu rever a decisão anterior e fatiar a faixa de 6 GHz para as tecnologias fixas do WiFi e para a tecnologia do IMT, que sustenta as gerações da telefonia móvel. Observou também que as operadoras estariam aptas a fazerem elas próprias o refarming da faixa de 850 MHz, conforme promete a agência para 2028.

Já Carlos Lauria, diretor Institucional da Huawei, observou que, pela própria característica da tecnologia do WiFi, a sua frequência é reutilizada “n” vezes, o que colocaria em risco, em sua avaliação, a prestação de serviço de banda larga outdoor usando essa tecnologia na faixa dos 6 GHz. Eles participaram do Painel Telebrasil, realizado em Brasília.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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