Reestruturação na Espanha faz Grupo Telefónica ter prejuízo no 3º trimestre

Companhia, dona da Vivo no Brasil, apresentou perdas de € 443 milhões, embora tenha ampliado as receitas.

O grupo espanhol Telefónica, dono da Vivo no Brasil, divulgou hoje, 5, os resultados para o terceiro trimestre do ano. A companhia registrou prejuízo de € 443 milhões. Nos mesmos meses de 2018, reportava lucro de € 1,34 bilhão.

A companhia explica que teve aumento de custos em função de reestruturação interna, que somaram € 1,87 bilhão. Quase a totalidade diz respeito a pagamentos a funcionários que serão desligados ou aposentados na Espanha. Esta elevação das despesas não será recorrente.

As receitas do grupo cresceram 1,7%, para € 11,9 bilhões. O OIBDA (lucro operacional antes impostos, depreciações e amortizações) caiu 31,9%, para € 2,7 bilhões. Novamente, retração atribuída aos custos com a reestruturação.

A companhia também informou aumento dos investimentos. O Capex aumentou 82,3% comparado ao do terceiro trimestre de 2018, e chegou a € 3,27 bilhões. O maior incremento se deu na Alemanha, onde a companhia computou gasto adicional de € 1,44 bilhão com a compra de espectro para 5G.

Subsidiárias

A Espanha continua a ser o principal mercado da Telefónica, com receita de € 3,2 bilhões. O Brasil vem em seguida, com € 2,5 bilhões no trimestre. Depois vêm Alemanha (€ 1,8 bilhões), Reino Unido (€ 1,77 bilhões) e Sul da América Latina (€ 1,43 bi). Todos estes territórios tiveram ganho de receita.

No Norte da América Latina (Colômbia, México, Venezuela, América Central e Equador, pelo critério da operadora) houve tombo de 14%. Vale lembrar que a tele se desfez que parte dos ativos na América Central.

A dívida da companhia encolheu no trimestre em função da venda de ativos (9 data centers, inclusive no Brasil) e da operação no Panamá. Com isso, o endividamento terminou em € 38,2 bilhões, 8% inferior ao de mesmo período de 2018.

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Rafael Bucco

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