Redes privativas, 5G, e plataformas digitais são prioridades da nova política industrial

Foram escolhidas seis áreas prioritárias para as quais haverá metas a serem alcançadas até 2033.
Nova política industrial do governo foi divulgada. Crédito-Freepik
Digitalização do campo também integra a lista de prioridades (crédito: Freepik)

O Mdic divulgou hoje, 19, a nova política industrial, que estará organizada em missões. Foram escolhidas seis áreas prioritárias para as quais haverá metas a serem alcançadas até 2033. Entre as áreas, o 5G, as redes privativas e a presença nacional em plataformas digitais foram elencadas como prioritárias para o desenvolvimento local.

A nova política foi proposta pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, órgão multissetorial vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) e tem por objetivo nortear as ações do Estado brasileiro para promoção do desenvolvimento industrial.

As áreas prioritárias para as quais haverá missões específicas são as seguintes:

I- cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para a segurança alimentar e nutricional;

II- complexo econômico industrial da saúde resiliente para robustecer o SUS e ampliar o acesso à saúde;

III- infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis para a integração produtiva e o bem-estar nas cidades;

IV- transformação digital da indústria para ampliar a produtividade;

V- bioeconomia, descarbonização, e transição e segurança energéticas para garantir os recursos para as futuras gerações; e

VI- tecnologias de interesse para a soberania e a defesa nacionais.

A área de infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis os objetivos serão:

I- adensar as cadeias produtivas nacionais da infraestrutura de água e saneamento, mobilidade, logística de transporte, telecomunicações e energia, fortalecendo a integração produtiva e comercial, nacional e com os países vizinhos, em articulação com os programas de investimento;

II- ampliar infraestruturas digitais locais, com foco em 5G, incluindo as redes privativas e a integração entre hardware e software, para a prestação de serviços no âmbito das cidades e das indústrias inteligentes;

III- adensar as cadeias produtivas nacionais de construção e obras de infraestrutura, priorizando a digitalização, sistemas construtivos inteligentes, materiais sustentáveis, energia renovável, redes de água e esgoto e drenagem pluvial, especialmente para moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida e demais programas de investimento; e

IV- desenvolver tecnologias, bens, serviços e empresas nacionais de sistemas de mobilidade, logística de transporte, suas peças e componentes, com foco na economia circular, na otimização dos recursos hídricos, na transição e eficiência energéticas e na digitalização.

Os objetivos específicos para a transformação digital da indústria na política industrial proposta são os seguintes:

I. fortalecer e desenvolver empresas nacionais competitivas em tecnologias digitais disruptivas e emergentes, em segmentos estratégicos para a soberania digital e tecnológica;

II. aumentar a produtividade da indústria brasileira por meio da incorporação de tecnologias digitais, especialmente as desenvolvidas e produzidas no país;

III. reduzir a dependência produtiva e tecnológica do país em produtos nano e microeletrônicos e em semicondutores, fortalecendo a cadeia industrial das tecnologias da informação e comunicação;

IV. aumentar a participação de empresas nacionais no segmento de plataformas digitais; e

V. realizar a atualização tecnológica das regiões industriais maduras.

Os objetivos específicos da missão tecnologias de interesse para a soberania e a defesa nacionais são os seguintes:

I. obter autonomia estratégica nas cadeias produtivas ligadas às tecnologias críticas para a Defesa, em particular nas de materiais, de propulsão, de controle e de comunicações;

II. adensar as cadeias da indústria de defesa, segurança, naval e aeroespacial, em particular em tecnologias de base micro e nanoeletrônica;

III. desenvolver e adensar cadeias industriais para aprimorar os sistemas nacionais de sensoriamento remoto;

IV. expandir as capacidades internas nas áreas cibernética, nuclear e espacial;

V. desenvolver tecnologias duais e aumentar o aproveitamento dos transbordamentos tecnológicos entre os setores civis e militares;

VI. expandir as exportações de produtos de defesa.

Leia a íntegra aqui:

Resolucao-CNDI-MDIC-n-1-de-6-07-23-DOU

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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