Rede privativa 4G do governo vai usar antenas das teles
A rede privativa de segurança nacional do governo federal finalmente vai sair do papel. Nesta terça-feira, 30, o Gaispi aprovou o projeto, com previsão para que a Telebras seja a responsável por operar a infraestrutura. Para tanto, a estatal vai ter um núcleo próprio de rede LTE (4G), e vai celebrar acordos com as operadoras comerciais para uso das infraestruturas de acesso (antenas).
A EAF, entidade responsável por executar as obrigações das operadoras que compraram espectro de 3,5 GHz no leilão 5G, vai implementar o núcleo para a Telebras com recursos de segurança, criptografia, BSS/OSS e a plataforma de missão crítica que será utilizada pelas forças de segurança do Distrito Federal.
O projeto prevê a comunicação entre agentes de diferentes órgãos de segurança pública, utilizando-se de uma plataforma de missão crítica que permitirá a criação de grupos para a realização de missões por mais de uma força de segurança, com o uso de somente um terminal. Atualmente, cada órgão possui uma rede própria para comunicação entre seus agentes, com uso de diferentes tecnologias como POL, TETRAPOL e P25, não sendo possível a comunicação entre forças de segurança.
A integração é importante em situações de calamidade e desastres, nas quais diversos órgãos são acionados, como defesa civil, bombeiros e forças policiais, diz a Anatel. Em um segundo momento, será disponibilizado o acesso aos agentes de segurança a funcionalidades que utilizam altas taxas de transmissão e baixas latências.
Conforme a agência, a rede privativa móvel será implantada no Distrito Federal, com possibilidade de expansão para todo o território nacional.
Além do sinal verde para uso da infraestrutura de acesso comercial para a rede móvel, o Gaispi aprovou também a conexão por fibra de 6,5 mil pontos indicados pelo governo federal, nas 27 capitais. Eles serão implementados pela EAF, e operados pela Telebras.