Recuperação judicial não tem impacto sobre operações no Brasil, diz Intelsat
O gerente geral da Intelsat no país, Márcio Brasil, afirmou hoje, 15, que a recuperação judicial da holding americana não afetará a subsidiária local. O executivo participou da live Tudo Sobre 5G, organizada pelo Tele.Síntese, e que debateu a posição das empresas do segmento sobre o futuro leilão de frequências a ser realizado pela Anatel. Por aqui, falou, tudo segue “business as usual”.
Segundo Brasil, a recuperação judicial tem o propósito de permitir que a companhia participe da limpeza do espectro de banda C nos Estados Unidos. “Não se trata de uma recuperação judicial que envolva temas operacionais. É voltada a um investimento necessário para uso da banda C nos Estados Unidos. Não tem impacto operacional no Brasil, e nem em outras unidades no mundo”, afirmou ele.
No evento, ele divulgou o site intelsatonward.com, criado pela operadora para explicar os motivos para a recuperação judicial. A página traz comunicados dirigidos a diferentes públicos da empresa. Aos clientes, um documento atesta que não haverá demissões, portanto o relacionamento segue inalterado, bem como o fornecimento de serviços.
Já a carta dirigida aos fornecedores informa que investimentos em novos projetos continuarão a ser realizados. Para subsidiárias do grupo não incluídas na RJ, caso da unidade brasileira, os pagamentos a fornecedores seguem sem mudança.
Reflexo no leilão brasileiro
Nos Estados Unidos, a Federal Communications Commission (FCC) resolveu destinar uma fatia da banda C para as operadoras móveis. Essa frequência é hoje ocupada pelas operadoras de satélite, que serão movidas. A autarquia decidiu pagar para que as próprias operadoras satelitais limpem o espectro, e dará um adicional a quem correr a fim de cumprir prazos apertados. A Intelsat deverá receber US$ 4,87 bilhões se cumprir a missão.
Modelo semelhante foi proposto pela empresa aqui no Brasil. Na consulta pública, sugeriu que haja um prêmio para quem for capaz de acelerar a entrega da frequência para as operadoras móveis.
Segundo Márcio Brasil falou hoje, havendo ou não tal alternativa, o importante é que a política de ressarcimento para as operadoras de satélite esteja registrada no edital, que não seja definida a posteriori. E, ressaltou, não vê chance de que o pedido de RJ altere os pleitos da empresa em relação ao certame local.