Receita da Positivo puxada por retomada no mercado de PCs
A fabricante paranaense Positivo Tecnologia divulgou na noite de ontem, 13, seu resultado financeiro do terceiro trimestre de 2017. A companhia ampliou receitas, mas reduziu fluxo de caixa e lucro. O endividamento também subiu.
A empresa registrou receita de R$ 437,2 milhões no terceiro trimestre, uma expansão de 5,6% em relação ao mesmo trimestre de 2016. O lucro líquido foi de R$ 4,6 milhões, 15,5% menor que um ano antes. O EBITDA ajustado ficou em R$ 30,5 milhões, 7,6% menor. Já a dívida aumentou de R$ 209,9 milhões para R$ 245,6 milhões em um ano.
A companhia explica que o resultado se deve a aumento das vendas de computadores, que expandiram nada menos que 43,9%, enquanto o mercado total cresceu 37% (conforme dados da consultoria IT Data). Ressalta, no entanto, que o desempenho tem relação com o tamanho da depressão a que chegou o mercado ano passado, o que torna a base de comparação pequena.
A Positivo diz esperar um resultado melhor no quarto trimestre, pois já registra aumento da demanda de governo por seus equipamentos, “o que deve resultar em uma das maiores receitas trimestrais da história da companhia neste segmento”, diz.
Foram 279 mil computadores vendidos no 3T17 (+35%), sendo 200 mil no Brasil (+44%) e 79 mil no exterior (+16%), sob a marca Positivo BGH. As vendas corporativas registraram receita líquida de R$ 150 milhões no 3T17 (+101%), favorecidas pelo avanço de vendas diretas a empresas por meio de call center próprio e pela entrega de decodificadores de sinal no âmbito do Projeto TV Digital.
Celulares
As vendas de celulares registraram redução no 3T17, em função do cenário competitivo desfavorável. Foram vendidos 380 mil celulares, sendo 230 mil smartphones, metade das vendas de um ano antes, e 149,7 mil feature phones. A companhia não acompanhou a forte queda de preços praticada no mercado, evitando uma maior contração de margens, o que acarretou na redução de sua participação de mercado.
No quarto trimestre, a empresa pretende acelerar o giro de produtos nas lojas e registrar receitas com smartphones embarcados em terminais de crédito e débito, vinculados a um contrato “com um das principais redes adquirentes do país”, o que deve recuperar parte da perda com celulares do terceiro trimestre.