Quase 6 milhões de anúncios foram removidos do Mercado Livre

Relatório do Mercado Livre reúne projetos e resultados para a segurança dos serviços digitais, além do combate à pirataria e falsificação.
Quase 6 milhões de anúncios foram removidos do Mercado Livre - Crédito: Divulgação
Crédito: Divulgação

Líder em tecnologia para e-commerce e serviços financeiros da América Latina, o Mercado Livre divulgou seu Relatório de Transparência referente ao segundo semestre de 2021. A terceira edição do documento, que consolida as iniciativas da empresa para manter seu ecossistema seguro e confiável, mostra que quase 6 milhões de anúncios foram removidos da plataforma na América Latina.

Esse volume representa cerca de 1% dos mais de 585 milhões de anúncios publicados entre julho e dezembro do ano passado, evidenciando a eficiência das ferramentas e iniciativas de proteção. Na comparação com o semestre anterior, a quantidade de anúncios que precisaram ser moderados caiu 27%.

O Mercado Livre foi a primeira empresa latino-americana a adotar essa prática de prestação de contas nos 18 países onde opera. Divulgado semestralmente desde 2021, o Relatório de Transparência reúne ações e resultados com base em quatro eixos de atuação: requerimento de informações, segurança e qualidade dos produtos, proteção dos direitos de propriedade intelectual e proteção da privacidade.

“Conscientes do nosso papel socioeconômico, temos a convicção de que não se trata apenas de cumprir as regras, mas também de fazer o que é certo e colaborar para estabelecer uma cultura de transparência. A confiança está no centro de tudo que fazemos e falar de forma aberta sobre proteção e segurança é uma das coisas que nos aproxima dos nossos milhões de usuários”, afirma Ricardo Lagreca, diretor jurídico do Mercado Livre no Brasil.

Do total de anúncios moderados no período, 99,15% foram detectados proativamente pelas equipes interdisciplinares de prevenção a fraudes, que atuam apoiadas por tecnologias baseadas em inteligência artificial e machine learning. Essas ferramentas aprendem com as denúncias e exclusões, permitindo a mediação automática de conteúdos suspeitos. Na média, para cada denúncia recebida, o sistema da plataforma remove oito vezes mais anúncios irregulares. Além da tecnologia, essas equipes realizam buscas manuais com o apoio de centenas de colaboradores dedicados ao tema.

Menos de 1% dos anúncios moderados corresponde a denúncias feitas pelos usuários — através do botão ‘denunciar’ presente em todos os anúncios — ou pelas autoridades a partir de acordos e parcerias. “Intensificamos os esforços e investimentos para ampliar a proteção de direitos a partir de elevados padrões internacionais. A formalidade e a segurança jurídica são pilares da nossa atuação, reforçada pelos múltiplos acordos que mantemos com a iniciativa privada e poder público”, pontua François Martins, diretor de Relações Governamentais do Mercado Livre. No Brasil, a companhia colabora com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, além do Ministério Público, Inmetro, Ancine, ABDR, Procons e Proteste.

Devido ao cadastro obrigatório — e sempre que solicitado oficialmente —, a plataforma pode fornecer às autoridades subsídios para colaborar com investigações. No período analisado, foram recebidas das autoridades latino-americanas mais de 16 mil solicitações de informações de usuários ou transações.

Quando uma denúncia entra em processo de análise, o anúncio é pausado e não fica mais visível. A partir desse momento, o vendedor tem prazo de quatro dias para contestar a denúncia. Depois, o denunciante tem o mesmo prazo para retirar a denúncia ou ratificá-la. Neste último caso, o anúncio é removido permanentemente e o comportamento do vendedor é analisado para determinar qual sanção será aplicada, que pode ir desde uma advertência, suspensão temporária ou até o encerramento definitivo da conta.

No Brasil, dos mais de 270 milhões de anúncios ativos entre julho e dezembro do ano passado, pouco mais de 2 milhões violavam as regras da plataforma. Dentre as 10 principais categorias de conteúdos infratores no país estiveram: produtos para adultos classificados incorretamente, decodificadores, tabaco, remédios, contas e jogos, produto financeiro, produto não aprovado, equipamento médico, base de dados e cursos.

(com assessoria)

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Redação DMI

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