Qualcomm vai liberar gratuitamente licença do software SIM para controle de diabetes

O projeto piloto no Morro do Alemão poderá depois ser replicado por outras clínicas para o controle de doenças crônicas

20-Wireless-Mundi-Momento-Editorial-17-Abril-2018-photo-robson-regato-034A Qualcomm está implementando no Morro do Alemão, no Rio de Janeiro, um de seus projetos globais que visam aumentar o uso de tecnologia móvel. O projeto SIM – Saúde Inteligente Móvel –  envolve 400 pacientes com diabetes, 47 profissionais, 3 pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e 2 coordenadores. Durante Essa equipe irá monitorar,  metade desses pacientes com as tecnologias móveis  disponíveis no programa e os outros 200 pacientes que não tiveram acesso à tecnologia.  E, no final do processo, os dois resultados serão confrontados e analisados.

Segundo o diretor de Relações Governamentais da empresa, Francisco Giacomini Soares, o programa, que começou a ser implementado em novembro do ano passado na favela carioca  já consumiu US$ 609 mil, dos quais US$ 189 mil referem-se ao desenvolvimento do aplicativo que é instalado nos tablets  dos pacientes. Esse software, afirmou Soares durante o Wireless Mundi, será liberado gratuitamente pela Qualcomm para outras clínicas que queiram implementar a solução.

Na experiência do Morro do Alemão, o paciente recebe uma mochila com uma balança digital, um medidor de pressão arterial, e um pedômetro (que mede o número de passos dados no dia). Mas é no software de seu tablete que estão as suas principais informações e é por intermédio dele  que os  médicos acompanham o paciente. “Acreditamos que os resultados irão confirmar que a tecnologia pode também tirar os pacientes dos hospitais e diminuir o impacto na rede pública de saúde”, afirmou.

Conforme Soares, com a conclusão desse teste-piloto, a expectativa é que se consiga construir um modelo de negócios a ser replicado por outras clínicas com o foco principal em doenças crônicas. Um dos gargalos para o avanço dessas tecnologias, apontou o executivo, está justamente no custo da conexão que, na maioria das vezes, é inacessível para o paciente de baixa renda.

Nesse projeto, o Instituto TIM é o aliado na oferta do pacote de dados. Para Soares, uma alternativa para a implementação de alternativas como esta para a população mais carente seria a contratação de brokers, pelas clínicas de saúde, que passariam, assim, a subsidiar o pacote de dados dos clientes. “Com isso, a solução pode ser rapidamente disseminada, pois todo o brasileiro tem um celular “, assinalou.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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