Qualcomm vai liberar gratuitamente licença do software SIM para controle de diabetes
A Qualcomm está implementando no Morro do Alemão, no Rio de Janeiro, um de seus projetos globais que visam aumentar o uso de tecnologia móvel. O projeto SIM – Saúde Inteligente Móvel – envolve 400 pacientes com diabetes, 47 profissionais, 3 pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e 2 coordenadores. Durante Essa equipe irá monitorar, metade desses pacientes com as tecnologias móveis disponíveis no programa e os outros 200 pacientes que não tiveram acesso à tecnologia. E, no final do processo, os dois resultados serão confrontados e analisados.
Segundo o diretor de Relações Governamentais da empresa, Francisco Giacomini Soares, o programa, que começou a ser implementado em novembro do ano passado na favela carioca já consumiu US$ 609 mil, dos quais US$ 189 mil referem-se ao desenvolvimento do aplicativo que é instalado nos tablets dos pacientes. Esse software, afirmou Soares durante o Wireless Mundi, será liberado gratuitamente pela Qualcomm para outras clínicas que queiram implementar a solução.
Na experiência do Morro do Alemão, o paciente recebe uma mochila com uma balança digital, um medidor de pressão arterial, e um pedômetro (que mede o número de passos dados no dia). Mas é no software de seu tablete que estão as suas principais informações e é por intermédio dele que os médicos acompanham o paciente. “Acreditamos que os resultados irão confirmar que a tecnologia pode também tirar os pacientes dos hospitais e diminuir o impacto na rede pública de saúde”, afirmou.
Conforme Soares, com a conclusão desse teste-piloto, a expectativa é que se consiga construir um modelo de negócios a ser replicado por outras clínicas com o foco principal em doenças crônicas. Um dos gargalos para o avanço dessas tecnologias, apontou o executivo, está justamente no custo da conexão que, na maioria das vezes, é inacessível para o paciente de baixa renda.
Nesse projeto, o Instituto TIM é o aliado na oferta do pacote de dados. Para Soares, uma alternativa para a implementação de alternativas como esta para a população mais carente seria a contratação de brokers, pelas clínicas de saúde, que passariam, assim, a subsidiar o pacote de dados dos clientes. “Com isso, a solução pode ser rapidamente disseminada, pois todo o brasileiro tem um celular “, assinalou.