Qualcomm faz ligação 5G usando 200 MHz de banda em ondas milimétricas

Fabricante anunciou também resultados de seu terceiro trimestre fiscal, em que o lucro saltou 124%

A Qualcomm concluiu a primeira conexão de dados 5G mmWave do mundo com suporte para largura de banda portadora de 200 MHz. O feito foi alcançado com o modem Snapdragon X65 5G.

“Este marco suporta e permite a aceleração da adoção de 5G mmWave, em antecipação aos lançamentos de 5G mmWave na China, enquanto melhora a cobertura, eficiência de energia e desempenho para os usuários, por meio dos recursos e capacidades avançados do Snapdragon X65”, disse Alberto Cicalini, diretor sênior de gerenciamento de produtos da Qualcomm Europe.

Para o teste foi utilizado um protótipo de smartphone com o sistema da fabricante de chips. A conexão aconteceu em laboratório, utilizando-se solução de emulação 5G da Keysight Technologies.

Ao usar mais espectro para transportar dados, um celular é capaz de navegar a velocidades mais altas na internet. Quando anunciou o modem X65 em maio, a Qualcomm avisou que ele poderia superar os 10 Gbps de conectividade móvel. O teste bem sucedido desta semana mostra que isso será de fato possível para usuários comuns de smartphone.

O padrão 5G utilizado é a versão 16 (release 16) standalone. A Qualcomm aposta que o produto será utilizado primeiro na China, onde já existe demanda por soluções em ondas milimétricas de altíssima capacidade, segundo a companhia.

Resultados

No âmbito dos resultados comerciais, a empresa não teve do reclamar no último trimestre. Enquanto mundo enfrenta falta de chips, a Qualcomm viu seu lucro líquido saltar 124% nos três meses terminados em junho. A companhia reportou ganho de US$ 2,2 bilhões, ante US$ 982 milhões um ano antes. As receitas cresceram 63%, para US$ 7,99 bilhões.

“Além de liderarmos a transição para o 5G, estamos no caminho para entregar receitas acima de US$ 10 bilhões neste ano fiscal nos segmentos de radiofrequência, internet das coisas, e setor automotivo, enquanto nossos negócios se diversificam”, afirma Cristiano Amon, CEO do grupo.

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Rafael Bucco

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