Qual o tamanho do mercado de redes móveis privadas?

Para a Nokia, redes privadas podem demandar uma quantidade de antenas LTE maior do que a instalada hoje em redes comerciais mundo afora.

As redes privadas móveis, que ganharam força com a tecnologia LTE graças à sua robustez para uso em situações de missão crítica, devem se tornar o grande filão das operadoras no futuro próximo. Estudo da Harbor Research aponta que, seriam necessárias 14,5 milhões de estações radiobase para endereçar a demanda por redes móveis total do mercado privado. A título de comparação, a consultoria calcula que existam hoje, no mundo, 7 milhões de ERBs em funcionamento.

Os dados foram apresentados hoje, 2, por Wilson Cardoso, CTO da Nokia, durante evento realizado em São Paulo. Segundo ele, há espaço para a instalação de 10,7 milhões de rádios em plantas industriais, a fim de implementar a IIoT, ou a internet industrial das coisas. Este seria o maior mercado. Em seguida viria o setor de logística, com a instalação de 3,3 milhões de ERBs em depósitos e galpões.

E ainda haveria muito espaço para as operadoras venderem serviços de rede móvel privada a portos, aeroportos, rodoviárias, bases militares, plataformas petrolíferas, usinas de energia, de tratamento de água, mineração, hospitais e laboratórios.

Cardoso citou o já recorrente estudo da McKinsey, que ano a ano renova expectativas para a receita do setor de IoT no mundo. Agora, a consultoria estima que, em 2025, o segmento de mercado vai faturar entre US$ 3,8 trilhões e US$ 11 trilhões, em todo o mundo.

“Basicamente, as operadoras que não estiverem pensando nisso [redes privadas] vão desaparecer. Na AT&T as redes privadas já representam 12% da receita”, destacou o executivo.

No Brasil já há caso de redes assim. Um exemplo é o programa PE Conectado II, atendido pela Embratel. Ali serão 4 mil chips para LTE privado, além do acesso por agentes do estado a 25 mil números móveis 4G na rede comercial da Claro.

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Rafael Bucco

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