Quais as oportunidades das redes neutras?
O ISP interessado em utilizar redes neutras, ou mesmo ofertar a sua no modelo, deve fazer uma avaliação. Segundo Rodrigo Silva Oliveira, CEO da consultoria SCM Engenharia e criador de comunidades no WhatsApp nas quais provedores podem ofertar suas redes para compartilhamento, é importante saber dimensionar a necessidade. “Quem tem muita porta ociosa, é alternativa compartilhar. Se tem pouca porta ociosa, vale analisar contratar rede neutra”, resume.
Se a intenção é realizar um swap com outro provedor para ambos entrarem em novos mercados, a atenção tem de ser redobrada: “O ideal é fechar com alguém de tamanho equivalente, para não ser engolido”, diz Oliveira. Além dos acordos com outros ISPs, existem as grandes redes neutras, das quais é possível contrata redes para expansão em novas cidades.
A V.tal é a líder, com 80 clientes e uma rede de mais de 400 mil km e 22 milhões de casas passadas (HPS). A Fibrasil tem 50 clientes e 4,6 milhões de HPs em 140 cidades. A I-Systems não abre número de contratos, mas contabiliza 7 milhões de HPs em 43 cidades.
Todas cobram um setup fee para instalação dos sistemas de gestão e conexão com a rede do provedor.
Marcelo Brum, CCO da I-Systems explica que a integração se dá por API, utilizando sistemas de suporte ao negócio, no caso de ISPs grandes, e via dashboard em nuvem para os menores. Depois disso, as estratégias mudam. A V.tal cobra apenas por casa conectada. A Fibrasil e a I-Systems firmam compromissos em lotes mínimos, pelos quais recebem anualmente, sejam as
casas conectadas ou não.
Paulo Donini, diretor de vendas da Fibrasil, diz que negocia a contratação de núcleo junto a provedores regionais, caso a contratante não tenha PoP na cidade onde vai entrar. São exemplos de provedores subcontratados para isso Giga+, BR Digital, AdylInet, Tely.