Programa Celular Seguro é desconhecido por 40% da população, aponta pesquisa
O Programa Celular Seguro – que permite o bloqueio remoto de dispositivos roubados, furtados ou perdidos – permaneceu desconhecido por 40% da população após quatro meses do lançamento. É o que aponta pesquisa do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), encomendada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), publicada na última semana, referente ao mês de abril.
Na comparação entre os meses de fevereiro e abril deste ano, o contingente de pessoas que tomaram conhecimento sobre o Programa Celular Seguro oscilou entre 57% e 58%. O desconhecimento é maior entre pessoas com escolaridade até o nível fundamental (46%) e na faixa de renda familiar de até dois salários mínimos (47%).
Ainda de acordo com o levantamento, mais da metade dos brasileiros (53%) declara que já aderiu ou pretende aderir ao Celular Seguro. Por outro lado, caiu de 35% para 29% o montante que “não participa nem pretende participar” da plataforma; e aumentou de 11% para 15% os que declaram que “vão se informar melhor” sobre o programa.
Considerando os diferentes segmentos sociodemográficos, o maior nível de desinteresse ao Celular Seguro é identificado na faixa etária de 60 anos ou mais (37%); e entre as pessoas que estudaram até o fundamental (35%); faixa de renda até dois salários mínimos (34%); e residentes da região Norte do país (37%).
A pesquisa também analisou a experiência dos usuários. Entre os que conhecem o programa, a avaliação positiva (ótimo/bom) se manteve em alto patamar no período analisado: 73% em abril (ante 72% em fevereiro). Esse número, que alcança 80% no Nordeste, fica abaixo de 70% na faixa de 60 anos ou mais (69%), no Norte (65%) e no Sul (68%).
Até o início de abril mais de 1,8 milhão de pessoas já haviam se cadastrado na plataforma Celular Seguro, somando 37,6 mil alertas de bloqueio.
Como funciona
O Celular Seguro funciona a partir do casamento entre o aplicativo do programa (disponível para Android e iOS) instalado no dispositivo que se deseja proteger e uma página na internet (celularseguro.mj.gov.br) que pode ser acessada de qualquer computador ou outro celular.
Após baixar o app no celular, o usuário faz login (o mesmo do gov.br) e preenche os dados do aparelho que deseja proteger. Também pode apontar uma pessoa de confiança para acionar o sistema caso o celular tenha sido roubado e não seja possível buscar outro dispositivo para entrar no site.
Com o app instalado e rodando, o celular fica habilitado a ser alvo de alerta de roubo ou furto. Caso o usuário seja roubado, aciona o alerta pelo site ou através da pessoa de confiança.
Emitido o alerta, IMEI do aparelho é bloqueado na Anatel, que informa a ABR Telecom, entidade que faz a gestão de sistemas e dados compartilhados entre as operadoras de telecomunicações. A ABR terá até 6h para enviar a notificação do IMEI a ser bloqueado, e as operadoras terão 24h a partir do recebimento para efetivar o bloqueio, que impedirá o aparelho de funcionar.
Com informações da Febraban*