Primeiro chamamento da Política Nacional de IoT deve ficar para abril, prevê Sepin
O primeiro chamamento público do Plano Nacional de IoT para tomada de financiamento deve acontecer em abril, e para atender uma só vertical: a da saúde. O financiamento será do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Como já se sabia, haverá duas modalidades de financiamento: uma a fundo perdido, dirigida a consórcios entre empresas, mas que sejam liderados por instituições de pesquisa. Outra, financiamento com incidência da TJLP, para empresas privadas.
“As contrapartidas serão a criação de devices com interoperabilidade, plataformas abertas e que enderecem problemas específicos na área de saúde. Serão escolhidos por uma banca formada por representantes de MCTIC e BNDES”, afirma Thiago Camargo, secretário de políticas de informática do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Ele participou de evento organizado pela fabricante Huawei na tarde de hoje, 15, em São Paulo.
Segundo ele, o objetivo da chamada pública do BNDES será incentivar o desenvolvimento de aparelhos de IoT. Com a oferta, “os serviços vêm pela demanda”, defende.
Outros chamamentos virão, afirma, contemplando os demais pilares do Plano de IoT (agricultura, smart cities e manufatura avançada).
Além do BNDES, a Finep também vai apoiar iniciativas no segmento. Há negociações para que a financiadora destine R$ 3 bilhões para IoT nos próximos anos. Parte do dinheiro viria de um empréstimo fornecido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID, que nesta semana se dispôs a enviar US$ 1,5 bilhão para o Brasil gastar com C&T. As condições do empréstimo internacional, no entanto, ainda precisam dos crivos do Tesouro e do Senado.
Estratégia de Transformação Digital
Camargo afirmou, também que o presidente Michel Temer deve assinar o decreto definindo a Estratégia Brasileira de Transformação Digital no próximo dia 21 de março. O texto trará modificações em relação à proposta original, que foi a consulta pública em 2017.
Mas a ideia continua a mesma, garante: facilitar a criação de mecanismos e incentivos para que a economia se torne mais digital. A diretriz deverá endereçar questões como incentivo à infraestrutura de redes, a pesquisa e inovação, e capacitação profissional para profissões do futuro.
Dentro da estratégia estão programas já conhecidos do MCTIC, como Internet para Todos, Banda Larga nas Escolas, e o ainda a ser publicada Plano Nacional de Atração de Datacenters, que pretende desonerar a importação de equipamentos para novos centros de dados instalados no país.