Prejuízo da Telebras no 2T de 2022 triplica em comparação ao ano anterior

Análise da empresa cita o incremento dos encargos financeiros de atualização dos AFAC como principal fator que influenciou o resultado.
(Telebras/Divulgação)

O prejuízo da Telebras no 2º trimestre de 2022 fechou em R$ 32,3 milhões. O número (líquido ajustado) é o triplo do registrado no mesmo período do ano passado, quando o valor ficou em R$ 10,3 milhões. Os dados foram divulgados pela empresa nesta semana.

De acordo com análise da Telebras, o aumento do prejuízo está diretamente ligado ao incremento dos encargos financeiros de atualização do Aporte para Futuro Aumento de Capital (AFAC), devido à elevação da taxa Selic.

No primeiro trimestre deste ano, a revisão do aporte gerou encargos no valor de R$ 85,6 milhões, segundo a empresa. O prejuízo líquido ajustado de janeiro a março foi de R$ 59,2 milhões.

Com isso, o prejuízo da Telebras em todo primeiro semestre fechou em R$ 91,5 milhões contra R$ 67,9 milhões no mesmo período do ano passado.

Receita e serviços

No primeiro semestre deste ano, a receita líquida cresceu 15,5% atingindo R$ 155,7 milhões – no mesmo período de 2021, o valor ficou em R$ 133,7 milhões.

Um dos principais impactos na alta da receita é a locação de roteadores e infraestrutura do segmento satelital, fruto de parceria com a Viasat. O contrato rendeu R$ 10,5 milhões além de outros R$ 8,9 milhões em compartilhamento de recursos.

Houve aumento também no Serviço de Comunicação Multimídia (SCM), de 8,3% em relação a 2021, influenciado pelo crescimento da banda larga faturada no período.

Também compõe a receita o montante de R$ 3,2 milhões por serviços de instalação e manutenção do programa Wi-Fi Brasil.

A margem Ebitda ajustada de janeiro a junho foi de 54%, o que representa uma leve queda em relação ao primeiro semestre de 2021, quando fechou em 58,7%.

Impactos futuros

No final de julho, a Assembleia-Geral de Acionistas da Telebras aprovou aumento de capital no valor de R$ 367,1 milhões. O montante foi transferido pela União em abril.

Com o incremento do capital, os acionistas poderão subscrever 27,3% de sua participação em ações ordinárias da Companhia a partir desta semana até 9 de setembro deste ano.

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Da Redação

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