PIB cresceu 1,8% em novembro, segundo FGV

O Monitor do PIB, da FGV, mostra um desempenho mais favorável em novembro de 2021, principalmente em função da recuperação dos serviços.
Gráfico ascendente colorido em fundo cinza - Crédito: Freepik
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A economia brasileira mostrou um desempenho mais favorável no mês de novembro de 2021, principalmente em função da recuperação do setor de serviços. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,8% em novembro ante outubro, segundo o Monitor do PIB, divulgado nesta quarta-feira, 19, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).  Na comparação com novembro de 2020, a atividade econômica teve expansão de 2,2% em novembro de 2021.

Em valores correntes, o PIB – que é calculado pela soma da captação bruta de todos os recursos e impostos no país – foi estimado, no acumulado do ano até novembro de 2021, em R$ 7,91 trilhões.

Para o coordenador do Monitor do PIB da FGV, Cláudio Considera, a terceira onda de covid-19, provocada pela variante Ômicron, deve abalar os resultados dos meses seguintes, avaliou Claudio Considera, coordenador do Núcleo de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).

“O mês de novembro foi diferente, mas não dá para dizer que isso se manterá. Dezembro já vai dar uma amenizada nessa variação. As festas do dia 31 foram canceladas pelas cidades brasileiras. O mês de dezembro pode não vir tão esplendoroso, pode vir negativo. O próprio resultado do quarto trimestre de 2021 pode ficar negativo”, previu Considera.

O coordenador destacou o resultado positivo da atividade industrial puxado pela forte reação da indústria de transformação, enquanto a agropecuária apresentou forte queda. “A taxa acumulada em 12 meses que havia sido negativa desde abril de 2020 até a de abril deste ano, continua crescendo a taxas crescentes e em novembro foi positiva em 4,4%, indicando para este ano uma taxa de crescimento do PIB em torno desta”, apontou.

Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias aumentou 0,4% em novembro ante outubro, e o consumo do governo avançou 0,7%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) saltou 19,2%. As exportações subiram 3,4%, e as importações recuaram 0,1%.

Na exportação, a queda foi de 0,1% no trimestre móvel terminado em novembro, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Essa é a primeira taxa negativa desde fevereiro de 2021. Já na análise da série dessazonalizada, a exportação caiu 6,4% no trimestre móvel encerrado em novembro em comparação ao terminado em agosto.

A importação subiu 11,8% no trimestre móvel de setembro a novembro, se comparado ao mesmo período do ano anterior. “É importante destacar o elevado crescimento dos produtos da extrativa mineral (49,6%). Na análise da série dessazonalizada, a importação apresentou crescimento de 2,8% no trimestre móvel terminado em novembro em comparação ao terminado em agosto”, apontou o monitor.

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Redação DMI

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