Pharol e Oi trocam farpas pelo restabelecimento de direitos políticos de conselheiros

Pharol acusa Oi de protelar volta dos conselheiros indicados pelos antigos controladores. Oi diz que já os convocou para a próxima reunião do board.

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A Oi e a Pharol voltam a trocar farpas na disputa por poder dentro da operadora. A acionista portuguesa acusa a diretoria da tele de desrespeitar determinação da 7ª Vara Empresarial do TJ-RJ, onde corre o processo de recuperação da companhia, ao não permitir o retorno imediato dos conselheiros indicados por ela ao board da concessionária.

No entender da Pharol, o Juiz Fernando Viana determinou ano passado que os direitos políticos de seus executivos estavam suspensos até o fim primeiro aumento de capital da companhia, concluído na última semana. Por isso, a Pharol, através da subsidiária Bratel, enviou um pedido para restabelecimento de seus direitos  no conselho da Oi  no dia 30 à diretoria da Oi.

A Oi, por sua vez, encaminhou o pedido para análise do Ministério Público. Este pedido motivou a crítica da acionista, acusando a tele de protelar o retorno de seus executivos antes da AGE, que será realizada em 3 de setembro.

“Em mais um ato ilegal e abusivo contra os seus acionistas, a Oi desrespeita frontalmente a ordem judicial já proferida e tenta criar subterfúgios para impedir o exercício dos direitos de seus acionistas e a atuação dos membros do Conselho de Administração”, diz a Pharol, em nota.

O que diz a Oi

A Oi rechaça as afirmações da Pharol. A operadora afirma que as decisões da 7ª Vara do Rio de Janeiro estão sendo seguidas à risca. Lembra que o plano criou um Conselho Transitório composto por conselheiros indicados pelos credores e pelos antigos controladores, entre outros.

“Em razão de atitudes ilegais e abusivas praticadas pelos sócios antigos controladores, seus direitos políticos foram suspensos pela Justiça. Como decorrência, os conselheiros, componentes do Conselho Transitório, indicados por Pharol e Société, foram afastados de suas funções até que fosse realizada a conversão de dívida em ações da Oi, prevista no plano, que foi ultimada recentemente”, alega a Oi.

A operadora diz que requereu ao TJ-RJ a liberação dos direitos políticos dos antigos controladores. “Os Conselheiros indicados pela Pharol e pelo Société foram devidamente convocados para a próxima reunião do Conselho de Administração, apenas com a ressalva que a Companhia aguarda a decisão do Juiz da 7a Vara Empresarial”, diz.

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Rafael Bucco

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